segunda-feira, 2 de julho de 2012

ENXERIDO

Não quero meter o bedelho
Na polêmica alheia
Vão dizer que sou pentelho
Que me espalho feito areia

É que eu não tenho fardão
E uso palavra chula
Poeta de camisão
Marili vai ficar fula

Um dia, tenho esperança,
Ainda aprendo a escrever
Uma árvore que dança
Ao vento, só quer viver

Felizmente não sou velho
Pra tomar o chá das cinco
Quando a idade for espelho
Bastará girar o trinco

Por enquanto nesse assunto
De chá, só de bebê
Vou gastar todo o bestunto
Pra rimar isso com o quê?

Se um dia o fardão me derem
Farei como Francisco de Assis
Doo as roupas que me ferem
Usarei vestes de giz.

faroberto

2 comentários:

Valsa Literária disse...

Fula nada, adorei! KKKKKKKKK

Valsa Literária disse...

Pentelho, enxerido e bobão!