quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ONOMÁSTICO


Até onde pode um nome?
Até onde pode ir?
E se eu então sumir,
ele também some?

Até onde um nome pode,
se onde é até onde mil vão?
Apelidos, mil xarás
têm igual o nome ao meu.

Leandro, portanto, não sou eu.
O nome que tenho
– menos do que eu –
é uma espécie de porteiro
a quem um visitante
indesejado
exige em tais termos:

– Favor o dono da casa.

O porteiro estará instruído a retrucar:

– Não mora mais aqui quem
aliás
jamais morou.

A casa é dona de si própria.
Leandro é leandro,
não eu. Mas...
Sem ele sou nu.
Sem ele, sou tu?!

Um nome, espécie 
de cordinha presa à alma 
pela qual nos puxam 
para fora de nós.

Um nome, casca de fruto, 
sem fruto dentro.

Mas sem ele 
me pareço com silêncio,
me pareço com surdez.
Me inacessibilizo, 
me inalcançabilizo.

Então me afasto,
dispo-me dele agora.
Cuspo fora
meu nome.

Vocês que me chamem,
porque eu não me chamo.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ÁLGIDO


O olhar era distante...

O corpo inerte não mexia

Era apenas um sapo mudo

No dia gelado, sob a folhinha

Na pele, a camada de água

Orvalhada em gotas gélidas.

Nem coaxa o coitado, respira

E aguarda o sol do meio-dia.

domingo, 27 de janeiro de 2013

CRÔNICA SEM REGRAS


Abri um livro de gramática para atualizar uma regra de vírgulas, sempre odiei e errei o uso da vírgula, e num dos exemplos de ponto-e-vírgula, deparei-me com uma frase de Rubem Braga que se tornou o mote desta crônica. Ei-la: “Essas coisas me fazem lembrar outras, também ásperas e tristes; estou num dia de lembranças ruins. Quando vejo moços a falar do tédio da vida, tenho inveja; nós nunca tivemos tempo para sentir tédio.”.
Das várias definições para tédio que conheço, nenhuma consegue dar conta da sensação que eu sinto. Uns apontam como o cansaço da alma, aborrecimentos e melancolias, falta do quê fazer, sentimento de vazio interior, e, diga-se, tudo sem a menor explicação. Muitas das vezes o tédio, assim como chega, sai.
Minha relação, com o tédio, beira a loucura. Faço tantas coisas que, quando sinto o desejo do ócio, paradoxalmente, ele transforma-se em vazio aborrecimento. Machado de Assis dizia: “Matamos o tempo, ele nos enterra”, mas, todos eles tinham, muito mais tempo que eu. Queria poder matar o tempo sem gerar tanta culpa; deitar sem nada para fazer e não sentir tédio por isso.
O problema está nas definições. Todas elas não dão conta da complexidade do assunto e são incapazes de definir meu estado de espírito. Se para Machado não há o ócio e para Braga não existe o tédio, ambos caminham na minha vida em uma estrada circular e contínua...

Será que usei certa a regra da vírgula?

 

domingo, 20 de janeiro de 2013

Improvável

Leandro ganhando e eu escrevendo...

Duas coisas que não acontecem ultimamente!

André

Sete e meio

Uma fecha outra aberta
Escancara escorre silo
Finge, come, treme, flerta
Mãe galinha enche o milho

Tiro longe flecha incerta
Atrapalha o som de grilo
Mãos atentas sempre alerta
Bate forte em mão aberta

Ao vislumbre segue o brilho
Muge vaca mãe de filho
Não tem mais molhado cilho
Não se mama em vão mamilo

André

Felicidade dura pouco

Não se pode ganhar todas
Velho enta vive em bodas
Se contenta em sobra baba
Recomeça volta a coda

Dorme ileso agora estranho
Engole seco enrola entranho
Julga ileso fé tamanho
Como ferro fere estanho

Sorte muita acaba logo
Fé de puta em sete meio
Faz feliz se ganha em jogo
Volta em luto de onde veio

André

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Frasezinha 2

Em terra de perneta pinto grande é muleta.

Faroberto

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

domingo, 13 de janeiro de 2013

VISÃO

Os olhos enxergam mudanças quando há deslocamento da rotina.

Faroberto

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Happy hour de sexta


Uma hora zoando o André!


Faroberto

Torcida


Tem muita gente torcendo pro André. Até o joelho dele torceu. Fisioterapia nele, Celi!


Faroberto

TAEKWONDO

André foi fazer exame para mudar de faixa e conseguiu. Apanhou tanto que saiu todo enfaixado!

Faroberto

CINÉFILO 2

Nessa maré de perdedor André levou Celi ao cinema mas mesmo assim "queimou o filme".

Faroberto

Federer

André fede porque até seu desodorante venceu.

ALEGAÇÃO

Segundo André as recentes derrotas no ping-pong ocorreram por causa dos equipamentos. Inconformado ele conseguiu patrocínio com uma fabricante de materiais esportivos. Como ele debulhou-se em lágrimas, já tem até um chorinho para divulgar o contrato: André das Raquetes Novas.

Faroberto

Perdedor

André deixou de participar do blog dos Poemas Brabos não porque está se sentindo um derrotado, mas porque perdeu: a senha.

POKER

Se André perder a supremacia no poker já tem um filme garantido para contar a estória: Despedida em Las Vegas.

Faroberto

André, o cinéfilo

André foi hoje ao cinema para se distrair e se esquecer das recentes derrotas esportivas. Mas parece que a maré continua. De tanto se distrair acabou esquecendo o ingresso e, por consequência, perdendo: a sessão.
 

HERZOG

André ficou tão nervoso em perder a supremacia no ping-pong que gerou um filme dirigido por Herzog: Aguirra, a Cólera dos Deuses!

faroberto

Leandro "Cigano" Henrique 2

O mais interessante é que o cara acorda com tersol e feito certos jogadores catimbeiros sai mancando...

Faroberto


Leandro"Cigano" Henrique"


Foi tirar sarro do Júnior e ficou com o mesmo tersolho!

faroberto

LEGADO

Presente que Simão recebeu do Jairo no terceiro mês!

TREMEDEIRA

André está aguardando uma Aguirra de nervos antes do próximo Open de Tênis de mesa.

Faroberto

PONG-PING

Não é nome de esporte. É o som do André pingando depois das últimas lavadas!

faroberto

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ESCRITAS


Eu escrevo palavras tortas, em linhas retas e mortas.
Apago longínquas memórias, rasgo páginas e histórias.
Cerro os olhos, fecho as portas, seco o sangue das aortas.
Surdo a rezas, rogatórias, tempestades peremptórias.

Eu escrevo sem sentido, sem ter tido, sem ter ido.
Porque sempre soube e não coube ou não houve, me ouve:
seja o meu verso o inverso perverso, que a vida louve
uma poesia ter sido, ter lido, ter sentido...


fÁBIO rOBERTO

Presa

Tudo o que escrevo é o que de mim me desfaço:
feito pétala, casca, pele, a emoção se desmancha.
O que sinto – repuxa em mim tal como se engancha
no bicho o anzol, o arame, o arpão – num abraço.

Porque quando se afasta de mim leva um pedaço
e deixa em mim a cicatriz, o corte, a mancha.
Assim escrevo, portanto: como quem preenche,
não um formulário, mas dentro de si um espaço.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

DEMORA


 (Cumprindo o mote proposto)

 

A duração da pausa

é aleatória.

Para mãe que gera

 é a espera.

Para fruta verde

é primavera.

Para amor ausente

é a cautela.

Para filho doente

é um redemoinho.

Para alcance do sonho

é passarinho.

Para mudar as coisas

é no jeitinho.

Para o certo poema

é um versinho.

A duração da pausa

é pura ilusão!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

FATO 5

QUESTÃO..........................: Jairo ......................................................!

Completem as frases.

FATO 4

QUESTÃO SISTÊMICA: André adora o que está entre o INÍCIO e o END!

Marili/Enrique

FATO 3

QUESTÃO ECUMÊNICA: Carlão adora congregar pessoas!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

FATO 2

QUESTÃO EPIDÊMICA: Fábio odeia multidões!

Marili/Enrique

FATO 1

Questão acadêmica: Enrique reserva-se ao direito de fechar-se em sua timidez!

Enrique

FATO

Descobrimos ontem, que quem Lê não é tímido, é hermético!

Marili