sexta-feira, 20 de julho de 2012

RASGANDO O CONTRATO

Cansei de defender o ilustre réu
Tirei coelhos da cartola e do chapéu
Gastei os meus melhores argumentos
Tentando evitar mais sofrimentos

Analisei as folhas do processo
Sabendo o quanto Jairo está possesso
Orientei palavras, olhos, gestos
Mostrando ao júri ataques indigestos

Se pelo menos fosse ele um soníloquo
Tentei até tornar-me um ventríloquo
Eu sei que fiz sagrado juramento
Mas o cara fala nem em pagamento

Portanto aqui registro este distrato
Procure um advogado bem barato
Ou suba os degraus do cadafalso
Palavras de epitáfio em seu encalço

faroberto

3 comentários:

disse...

Verso vai, verso vem e o Jairo não se manifesta... Talvez seja essa a graça. É como se tivéssemos um amigo virtual imaginário!

André disse...

É igual o que o Coringa falou no filme do Batman: O que acontece se o cachorro finalmente pegar a roda do carro? Acaba a graça ....

Valsa Literária disse...

hahahahha