sábado, 27 de julho de 2013

Diferenças entre Man of Steel X IronMan (para o André aprender)

O homem de aço é mais ou menos como o Jairo pilotando uma churrasqueira de inox. Aço aqui, asso ali. O homem de ferro é mais ou menos igual a um político comum. Ferro esse, ferro aquele.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Cutucada

Já falei: Jairo cutuca a vara com onça curta.

Faroberto

Jairo virtual

Jairo adora curtires do Facebook por causa daquele dedo-joinha.

Jairo gosta de compartilhar coisas no Facebook. Mas com o dr. Zelão, só incóccix, digo inbox.

Jairo tem vara curta

Jairo aparece como quem come pelas beiradas
E logo desaparece após ter as beiradas comidas
Comenta em sorrateiro poema alheio 
Não tem medo de sair com orelhas ardidas
Responda em poema senão fica feio

Brabo que é brabo insulta em poemada
Nunca como se estivesse em Facebook
Esconde o escrúpulo em palavra danada
Arregaça a manga vai pra briga e mostra o muque
Se não tem a vara longa cutucou a foca errada

André

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Calmante do André

Falta em happy hour tradicional
Só porque não tem bolovo
Come batatas, passa mal
A esposa fala: - de novo?

Desmaia com coca-cola
Fica doente se transa
Vomita se joga bola
Olha o piano e banza

De bicicleta tem ojeriza
De ping-pong, paúra
Jo-Ken-Pô o aterroriza
Combina cervas, fura

Fazer poemas lhe dá espasmos
Causa suores e dores
Pressão cai, fica em marasmos
Depois lhe sobram tremores

Só uma coisa o acalma
Faz relaxar, o medo doma
Qualquer horror espalma
Acaba qualquer sintoma

Coloca até o quimono
Abre um sorriso contente
Praticamente o seu dono
O Jairo quando presente


Faroberto

O caçador

Engalfinhai-vos, doidos animais,
Disputai fictícios e inúteis reinos,
Enquanto arranjo vossos funerais!

Praticai deveras os vossos treinos
Que eu vos espero no campeonato
Destilai um no outro vossos venenos...

Escondei-vos de tocaia no mato
Porquanto eu vos espreito o quanto somem;
Com minha espingarda eu vos combato!

Brincai-vos enquanto podeis. E tomem!
Tomem! Sou o caçador de animais,
O temido! o perigoso! Vulgo: Homem!


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Leão Marinho

A minhoca era uma isca
Bem fisgada em hora certa
Agora grita que nem bisca
Grita aos pulos quando aperta

Foca aqui não é boboca
Não é muito bom de mimo
Nem tão pouco é minhoca
Essa foca leão marinho

Rei dos mares, rei com gosto
Em conquista da floresta
Estando o titular deposto
O reinado novo em festa

Titular bangueleão
Corta fora seu canino
Recomece esse sermão
Honre a fama leonino

André

Majestade

Assim não vai dar não
Cuidado com quem provoca

Se ainda fosse um espertalhão
Quando muito é um boboca

Pintado como mansão
Na verdade é uma maloca

Quer arder feito quentão
Sendo fresco feito coca

Finge que é garanhão
Só que adora um troca-troca

Quer brigar com o leão
Depois se enterra, minhoca

Você posa de tubarão
Mas não passa de uma foca


Faroberto

Ex Rei da Selva

Leão forte o rugido longe ecoa
Ta estranho esse leão meio leoa

Leão forte não se queixa de uma dor
To achando esse leão um beija flor

Leão forte não tem gripe nem mazela
Saltitante esse leão é uma gazela

Leão forte não tem  medo não tem mágoa
Já tá quase esse leão como uma égua

Leão forte nunca foge de uma treta
Sim senhor esse leão é borboleta

Leão forte não se põe o corpo em maca
Meu amigo esse leão acha que é vaca

Leão forte nunca cai em armadilha
Tá virando esse leão uma galinha

Leão forte não se morre de tristeza
Me parece esse leão é uma tigresa

Engraçado o rei da selva em fuga rinha
Rebaixado esse leão para rainha.

André 

Maternidade de leõezinhos

Uns mini-leõezinhos de proveta
Roendo o esqueleto do velho...
Um sobre outro sobre um salta.
Pobres, sem a materna teta,
Buscam, para firmar o joelho,
O cálcio do leite que lhes falta.

Cemitério de Leões

A selva não mais me alimenta.
Nem a carne, nem o espírito.
O rio secou água da lenda.
Cairam árvore, sombra e mito.

Rugido não mais ecoa forte.
A caçada terminou em armadilha
Uma feroz espera pela morte.
A sílaba que faltou na redondilha.

Assim, façam a festa abutre e hiena.
Meus ossos vão voltar à natureza,
como se fossem a dor de uma gangrena
que devorou a alma da tristeza.


Fábio Roberto

O carnaval do foleão


Não é bem que esteja domado
O leão, outrora medonho.
Nem se pode dizer 'tristonho'
Desse, hoje, felino enjaulado,
Pois nunca abandonou seu sonho.

Se ao circo sua vida pertence,
Faz o show não como escravo,
Mas qual legítimo circense.
Mesmo quando perde, ele vence,
Pois, seja no quinto ou no oitavo
Número, sempre escuta: 'bravo!'.

E bravo é mesmo como fica
Se quando escuta 'bravos' ruge
Talvez como quem reivindica
Ou qual quem se desenferruje
O seu rugido se amplifica.

De circo, de selva ou de-chácara,
De chá, zoológico ou de signo,
Todo leão é sempre digno,
Até quando a outro massacra
Com ares de fome e maligno.

Ninguém tem vida fácil não
Mas digo com certa agonia:
Tá mais difícil pro leão
Se todos matam um por dia...
Mas esse aqui, mesmo sem juba,
Eu quero ver quem o derruba!

terça-feira, 23 de julho de 2013

A Volta

Talvez não está cansado
Tinha outra profissão
Mas já como domado
Não quis mais ser o leão

Antes fera sempre fera
Mesmo gastos estando os dentes
Ainda tem mordida esmera
Só tá triste e não doente

A tristeza é domadora
Esperança sangra em carne
O leão que antes fora
Tá sem juba, não tem charme

De sua vida se fez aula
Nunca tem jogo perdido
Olhe a lua e uivo engula
Encha o peito num rugido!

André

Cometa, o palhacinho astronauta


ilustração de Biba Rigo

Enquanto o André não responde

O NOSSO MUNDO


UM PALHAÇO APELIDADO DE COMETA
CHEGOU AQUI EM UMA NAVE ESPACIAL
PARA SABER POR QUE É QUE DIZEM EM SEU PLANÊTA
QUE O NOSSO MUNDO É O MAIS BONITO E LEGAL
FECHE OS OLHOS PALHACINHO ASTRONAUTA
ENTRE NA RODA E NOS DÊ A SUA MÃO
PARA FAZER UMA VIAGEM BEM PERALTA
IR LÁ NO FUNDO, NO FUNDO DO CORAÇÃO:

O NOSSO MUNDO TEM SORVETE DE ABACAXI
E UM GAROTO APERTADO PRA FAZER XIXI
TÁ CHEIO DE LIVRO PRA FICAR BEM ESTUDADO
E MANGUEIRA NO QUINTAL PRA FICAR ENCHARCADO
TEM O QUARTO COM BAGUNÇA E TÊNIS COM CHULÉ
TEM A PISCINA, MAS CUIDADO, SÓ ONDE DÁ PÉ
O IRMÃO MAIS VELHO BOM PRA DAR CONSELHO
E MERTHIOLATE PARA ARDER NO NOSSO JOELHO

HOT DOG, CINEMA E PIPOCA DE MONTÃO
E A TURMINHA SAPECA APRONTANDO CONFUSÃO

TEM UM GUARDA COMILÃO QUE ENGOLIU O APITO
E O VOVÔ DESCABELADO A PASSAR UM PITO
JOGADOR DE FUTEBOL QUE É UM “ANIMAL”
MAS O GOSTOSO É TIRAR SARRO DO PERNA DE PAU
TEM A VOVÓ LÁ NA COZINHA A FAZER ROSQUINHA
E A PEDRA QUE QUEBROU O VIDRO DA VIZINHA
TEM CACHORRO NOS LAMBENDO PRA FAZER FOLIA
E A TURMA TODA CURTINDO ALEGRIA

VIDEOGAME, AVENTURA E TELEVISÃO
E A TURMINHA SAPECA APRONTANDO CONFUSÃO



                                        Fábio Roberto

ps.: música do livro para crianças não publicado " O Nosso Mundo"

Relógio

O tempo tem um tique nervoso. O taque fez acupuntura.

Palhaço demolido

Não exatamente cansado,
O palhaço; mais precisamente
Está como que antiaderente:
Boa sorte não gruda nele,
Mas o azar lhe vai bem colado
Como tatuagem na pele.

Alguns dirão, 'azar não existe,
Existe acaso, deus ou carma!'
Eu digo: seja por qual arma,
O palhaço sofre igualmente;
O seu suor escorre triste,
Mais que uma lágrima doente.

O seu nariz está vermelho,
Mas do sangue que desce lento
E coagula igual cimento
Criando no seu peito um muro.
Seu coração, tijolo velho,
Não sustenta nenhum futuro...


Ansiolítico

O ansioso vive o amanhã. O muito ansioso vive o agora. Vai saber se o remédio faz efeito...


Faroberto

A Casa

Quando estou feliz é porque eu te vejo
Seja qual momento, seja qual ensejo.
Sempre, em qualquer tempo eu te desejo.
A minha casa é o teu abraço benfazejo.

Casa sustentada só pelo teu beijo
Teu lindo sorriso estampa o azulejo
Eu de tão feliz os meus olhos marejo
Esqueça toda dor, te amo, te protejo.


Fábio Roberto

Hora Infeliz

Calma, gente. É quando acaba a cerveja...

Faroberto

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Hora feliz

Tem um palhaço cansado
De mal com palhaçadas
Desistiu, jogou a toalha
Saiu esbravejado
Fugiu antes que falha

Cansou de ser picadeiro
De ser alvo de algazarra
Não quer mais ser lero lero
Pediu água, não quer farra
Abelhudo não quer mais dar picada

Volta palhaço, o circo vai falir
Põe vermelho no nariz
Do pôr do sol ao cão dormir
Tanto quer e sempre quis
Toda sexta hora feliz!

André 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Circo Parte II

Teu pensamento é onírico
A tua esperança, sádica
O teu sorriso é satírico
Tua alegria, hemorrágica
Teu silêncio faz-se lírico
Ante uma palavra trágica
Se teu viver é um circo
Teu sobreviver: é mágica.

Circo

Um palhaço abandona o picadeiro,
cansado de sorrir pra sua desgraça.
Não mais vão lhe dizer “que isso passa”.
Uma festa onde não há mais brigadeiro.

Enterrem os seus sonhos, os aplausos.
Quem sabe em solo árido paz renasça.
Quem sabe se assim tristeza faça
a sua mente esquecer todos os causos.

Devorada a solidão pelo silêncio,
que a maquiagem borra em um frêmito.  
Lágrimas afogam a ponte pênsil

dos olhos. Só se escuta o gêmito.
O canto do universo soa tênsil,
quando a mão acena adeus em gesto rítmico.


Fábio Roberto

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Tesão

Na último ano da faculdade amorosa tive que fazer uma tese sobre meu amor. Sou prolixo. 

Êne? ah... oh Tio!

Tio Bonança, meu parente,
Me visita poucas vezes
E quando vem sou ridente:
Meu sorriso dura meses.

Tia Fartura, sua esposa,
Sempre traz muitos quitutes.
Ela me dá qualquer coisa:
Coisas saudáveis ou fúteis.

Mas veja só, esses dois,
Digo por bem da verdade,
Só me visitam depois
Que já passou tempestade!

Aí é que não preciso
De proteção ou abrigo!
Quem vai colhêr o sorriso
Da caveira no jazigo?

Quero fartura e bonança
Enquanto sofro a procela.
Só depois quero esperança,
Por não precisar mais dela.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ode ao Batista

Eu queria apenas ir
          Eu queria apenas ar
Um pouco mais, rir
          Louco, mas de bar
Até mesmo me ferir
           Até eu me acabar
Eu queria apenas ar
            Eu queria apenas ir.



segunda-feira, 15 de julho de 2013

Insônia

Uma parte lutava pra dormir,
a outra insistia em pensar.
Fazendo uma parte se coçar,
a outra adorava oprimir.

Uma parte começou a deprimir,
outra não deixou de lhe espicaçar.
Essa parte só deixou de ameaçar,
quando a outra irritada fez bramir.

E assim noite adentro a esgrimir,
uma parte viu o tempo passar.
Desejando mais um pouco troçar,
a outra ficou a se consumir.

Breu confuso lhes restava exprimir.
Não puderam ou souberam conversar.
Duas vozes: a insônia a engessar
a ideia que nasceu só pra sumir.


Fábio Roberto

domingo, 14 de julho de 2013

AUTOMATO

Leandro longe da Sarah vira um robô porque ela “robô” o coração dele.


Faroberto

sábado, 13 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Bifocal

Dormi no ponto, acordei noutro parágrafo.
Houve muitos protestos pelo caminho
que impediram-me o direito de ir e vírgula.
Parei na casa de uns parênteses
que me ofereceram repouso nuns colchetes, 
mas o quarto estava fechado a duas chaves.
Foi um diacrítico, acentuadamente, cheio de sinais.
Santa Maria, mãe de Deus, interrogai por nós! 
diziam alguns sujeitos em oração coordenada.
E enfim, cansado de tanto clichar duplo-sentido,
chego ao fim desse poema, literalmente.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

PARÓDIA PARA O CHURRAS

A Volta do Boêmio (Adelino Moreira)

Boemia, aqui me tens de regresso
E suplicante te peço a minha nova inscrição.
Voltei pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria; me acompanha o meu violão.
Boemia, sabendo que andei distante,
Sei que essa gente falante vai agora ironizar:
"Ele voltou! O boêmio voltou novamente.
Partiu daqui tão contente. Por que razão quer voltar?"
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho, sendo a vida do meu coração,
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir:
"Meu amor, você pode partir, não esqueça o seu violão.
Vá rever os seus rios, seus montes, cascatas.
Vá sonhar em novas serenatas e abraçar seus amigos leais.
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
De saber que depois da boemia é de mim que você gosta mais".


A Volta do Carlão

Cordeirinho, aqui me tens de regresso,
E suplicante te peço, tá frio eu quero quentão.
Voltei, pra rever a linguiça que um dia,
Eu deixei a chorar de alegria, me acompanha um saco de carvão.
Picanha, sabendo que andei distante,
Sei que essa turma falante, vai te deixar queimar.
Ele voltou! O Barbosa voltou sorridente.
Partiu com palito no dente. Por que razão quer voltar?
Acontece que a fraldinha floriu meu caminho.
Temperada maminha e o caldinho com pimenta que rasga o cuecão.
Churrasqueiro abraçou-me dizendo a sorrir:
“Mestre meu você pode partir, não esqueça o espeto na mão.
Vá rever saladinhas, tomates, batatas.
Vá trocar-me por outras sirigaitas, esquecendo o amigo leal.
Vá embora, pois me resta o consolo do Aguirra.
E saber que depois de churrasco é de mim que você gosta mais.”



Faroberto

Letra Ilustrada - Edição 42


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Letra Ilustrada - Edição 41


Letra ILustrada - Edição 40


Votos

Com você eu me encalacro
Até depois do Apocalipse.
Isso no micro, no macro
Faça sol ou faça eclipse.

Se for com você me adapto
Seja na seca ou no dilúvio.
No espremido de um 'apto.'
Ou na explosão de um Vesúvio.

Se for com você me divirto
Até depois do sepulcro.
Seja no corpo ou no espír'to
No prejuízo ou no lucro.

É mais do que sobrevivência
Sem você eu me compunjo
Me reduzo a um silêncio
No meio do escarafuncho.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Letra Ilustrada - Edição 39


Re Luz

Como se fosse preciso asa para voar, caí.
Caí no escuro como se fosse preciso olho para enxergar, não mais.
Não mais em si como se fosse preciso estar para estar, não estou.
De dentro um tanto quanto divertido,  tem música, balões, risada e até quem já não estava.
Cama. Ontem e anteontem.
Mais risada.
Mais lagrima.
O feliz e o triste entrelaçados, o mínimo de luz é necessário.
Eu sei que me escutam porque choram. 
Sei que estou e não estou.
A luz apaga e reacende.
Dimeriza minha vida...

André

Contabilidade Braba

Assim vida bancária: assim blog. Dá até um certo orgulhinho besta das altas numéricas, aí vira mês voltamos ao zero.