quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Rafaela e Enzo

À Rafaela uma boneca
Ao Enzo uma bola
Ela carinha sapeca
Ele trouxe viola

Ela vai colocar brinco
Ele quebrar objetos
Agora somaram cinco
Da Dona Lourdes bisnetos

Sejam bem-vindas crianças
modernas, de mundo informático
Esbaldem-se com as danças
A mim já não deixa o ciático...

Contem com a brincadeira
Do tio pra arrancar sorriso
E ouçam a Bisa, conselheira:
aprontem, mas tenham juízo!

Fábio Roberto

domingo, 27 de setembro de 2015

SÉRIE MEDITAÇÕES

Hoje estarei em estado contemplativo e introspectivo, meditando profundamente sobre a existência ou não da vida, do amor e da poesia, e a relação intrínseca entre os fragmentos sensíveis da memória relativa junto ao tempo.

Hoje estarei em estado contemplativo e introspectivo, meditando profundamente sobre a existência ou não da morte, da paixão e da arte, e a relação intrínseca entre saber, querer e fazer com a dicotomia existente no despojamento ou desejo da alma sob a perspectiva da psique humana.

Hoje estarei em estado contemplativo e introspectivo, meditando profundamente sobre a consciência ou abstração do tempo na história universal humana, e a relação intrínseca entre a inércia do pensamento e a ação instintiva do espírito no conceito de existência, face ao conhecimento, sabedoria e objetividade.

Hoje estarei em estado contemplativo e introspectivo, meditando profundamente se a prática da virtude realmente fundamentaliza a existência do bem ou seria essa assertiva meramente uma visão teocentrista calcada em conceitos empíricos, e a relação intrínseca entre o movimento dialético do pensamento e a contraposição refletida por dogmas e preconceitos singulares ou universais.

Esta noite estarei em estado contemplativo e introspectivo, meditando profundamente se é o homem resultado do pensamento relativizado no tempo e no espaço de um mundo quântico, onde a observação do sujeito epistomológico e só essa observação pode desdobrar sujeito e objeto para o alcance do conhecimento, e a relação intrínseca entre a alma, pensamento, ondas, partículas e comportamento dos átomos face às várias interpretações da existência.

E assim terminarei as meditações de 2015.


Fábio Roberto
Agosto e Setembro de 2015

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

ÊXTASE

Hoje pensei tanto na minha Morte que a estou beijando nos lábios molhados, carnudos e gelados.
A minha língua invade agressivamente a sua boca e o meu calor prevalece sobre o seu hálito devastador e petrificante. Que delícia sentir a sua salgada saliva misturar-se com a minha.
Que sabor austero e enfeitiçador tem a Morte.
Ela almeja dominar-me com sua volúpia, sugando-me pra dentro dela com o desejo de me aprisionar.
E eu permito que o faça porque está tão agradável e acolhedor ela bebendo toda a minha vitalidade, a completa energia da minha vida ora profícua ora inválida.

Só que eu preciso e estou muito mais sedento de veneno do que a Morte.
Eu a abraço forte e a faço sufocar.
Ela e só ela pode compartilhar tamanho prazer ausente de ar, sobrevivendo através deste ósculo doentio e insano que nos leva além de qualquer êxtase já experimentado por vivo ou morto.

Então afasto levemente os meus lábios dos lábios da Morte, agora molhados, carnudos e ferventes.
Permanecemos assim por muito tempo, com os rostos colados, absorvendo a brisa aquentada que exalamos.
Não sei quanto tempo, talvez uma eternidade.
Ou eu estou morto ou a Morte está viva!


Fábio Roberto

2008

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

FESTA

A minha idade é o tempo daquilo que ainda não fiz.

Já fiz filhos, escrevi livros e músicas,
mas não plantei ou plantarei árvores,
nem com a semente do meu corpo.
Ele será consumido pelo fogo,
pois do fogo leonino vim
e com o fogo leonino voltarei um dia
ao pó da natureza.

Não plantarei árvores
porque não me quero sentir realizado.
Quero desejar sempre algo mais, muito além...
depois do amanhã de quantos anos eu viver.

Tenho pressa, muita ansiedade em despertar antes que cada dia nasça.
E reluto em adormecer
até que seja vencido pelo cansaço.
Medo da morte? Não, a morte é simplesmente
a maior pausa que existe
entre um fechar e abrir de olhos.

Qualquer descanso breve me atrapalha,
pois há muito por produzir.
Há um novo livro em branco para ser preenchido com palavras que agora desconheço
e com algumas seqüências de notas musicais que nunca imaginei.

Há tantos sorrisos para eu provocar com atitudes belas, mãos para eu puxar com força oferecendo a minha coragem, abraços para eu aquecer com minha energia.
Inúmeros olhares para eu provocar brilho com minha emoção, corações para eu acalmar com meu amor. Paixões para eu trazer à tona demonstrando como é maravilhoso respirar e sentir o ar correndo nas veias.

O que eu ainda tenho que agir é quantidade que não se enxerga o fim até a linha do horizonte.
Estou longe, extremamente distante de mim mesmo e do que sonhei para este mundo
nesta vida medida pela idade.

Este é o motivo pelo qual o meu aniversário não mais será comemorado. Estarei trabalhando.
Deixarei a grande festa para o momento em que eu não precisar mais derramar o meu suor.
O instante em que poderei falar que aprendi e fiz algo de importante.

Aí sim a minha idade será o tempo daquilo que fiz.

Fábio Roberto (2008 e agora)

terça-feira, 28 de julho de 2015

Soneto invisível



Juro, há uma estrela sobre o bolo.
Naomi aponta: "É uma estrela!"
"É uma vela!", dirá um tolo;
e ainda acrescenta: "é só uma vela.".

Quase Naomi salta do colo:
"É sim estrela. E como é bela!"
Dirá um tolo: "Que desconsolo,
quem dera fosse... É só uma vela..."

Naomi assopra tão ardorosa
que a estrela vira uma nebulosa:
quantas galáxias em torno dela!

Dirá um tolo: "É só fumaça!"
Eu tô com Naomi, e acho graça.
Que seja só. Mas como é bela!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

AMNÉSIAS

A minha memória é ativa,
dinâmica, esperta, seletiva.
Lembro o que me interessa,
só aquilo que me dá pressa
de viver. E nem te cochicho:
o resto eu jogo no lixo.

É simples, funciona assim:
posso guardar fora de mim?
posso arquivar num pen-drive?
O computador que cave
suas gigantescas lembranças,
sem fazer hora ou lambanças.

Esqueço de fisionomias
caras-de-paus, anemias
de corações repulsivos.
Guardo só os impulsivos
que batem com sinceridade,
mesmo se velhos de idade.

Mas saiba, o melhor da estória
é deletar essa gente escória.
Essas que a nossa amnésia
provocam, só com magnésia
pro estômago não vomitá-las.
Eu prefiro enterrá-las

nos recônditos do mundo,
no escaninho profundo
do completo esquecimento.
Lembro do sentimento
de quem completa a minha frase:
amor inteiro e nunca quase.


fÁBIO rOBERTO

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Prometeu

Talvez eu morra
nascendo em outro
nessa masmorra
em que me encontro.

Talvez eu viva, 
o que é pior.
Minha saliva
é teu suor.

Agora mesmo
mordem meu olho.
É o vigésimo,
sem monopólio.

Alguém resmunga,
a voz é minha,
e me excomunga
pagão! definha!

É o fim no termo
a-z do ômega.
Nada mais ermo
que meu estômago.

Mal choro a lâmina
que me tritura
meu riso unânime
já me costura.

O que é pior,
pois nunca cessa.
A minha dor 
é uma promessa.

Talvez eu nasça

morrendo em outro
nessa desgraça
em que me encontro.

domingo, 31 de maio de 2015

Clave de Fá

A tua vida é admirável ao ser lida em partitura.
Respiras compassadamente, ora adagio, ora moderato,
por vezes allegro, outras prestissimo.
Sempre seguindo a batuta ritmada do coração
que teu sangue quente alimenta,
prenunciando belo arranjo orquestral.

Tudo começa ao teu abrir de olhos,  
como que despertando violinos, violoncelos, violas, contrabaixos e harpas, cordas que obedecem cada teu piscar.
As notas se sucedem quando sorris.
Executas um sol para o dia que nasce.
A instrumentação vai crescendo aos movimentos dos teus braços e pernas até que gesticulas as mãos delicadamente, comandando um comovente solo de violoncelo
desenhado em clave de fá.  
Tudo silencia aguardando outras ordens.
Com novos e firmes meneios instigas e aos poucos todos os instrumentos vão se incorporando à voz suave da maestrina.
As madeiras integradas pelas flautas, oboés, clarinetes e fagotes juntam-se ousadamente às sonoridades
dos teclados e cordas.
Súbito balanças os cabelos e a orquestra inteira retorna, agregando também o pulsar forte das percussões
com seus carrilhões de sinos, pratos,  tímbales, xilofone, gongo, triângulo e caixas.
Com a cabeça instruis o apoio do naipe de metais, retumbando trombones, trompetes, trompas e tubas.

Impressionante a harmonia, a música vibrante que tu és.
Como eu queria ser o compositor dessa sinfonia ou um maestro para reger o som escrito em tua pele.

Eu te aplaudiria, mas fico quieto, totalmente emudecido
para continuar ouvindo somente o teu som.

Fábio Roberto 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Arcaica de Noé

Há palavras que pessoas:
não mudam significado.
Signifixam-se, lugares,
palavras interiorzinho,
palavras que só nenhum.

Ninguém visita palavra,
palavra parente, parada.
Cadeira range, palavra,
na varanda fotografia,
palavra ronca ferrugem.

Agora mesmo, palavra,
salivou raízes, palárvore.
Cupim devorou palavra.
Som de madeira e dentes.
Sorriso farpas, aglossia.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Jairo, meu recreio

Jairo é recreio
é meu playground
zoo sem receio
pois não responde

Jairo é brinquedo
meu bonequinho
zoo sem medo
pois fica quietinho

André

Jairo, o alvo calvo e calmo

Posto-me inerte como poste,
um infinito objeto rijo e fálico.
Sou vertical, curvado como itálico,
Mas encontrei alguém que goste.

É o Jairo, meu horizontalter-ego,
cujo nariz, firme lança em riste,
representa, mais que eu, não nego,
a medida de tudo que existe.

Posto-me como poste inerte,
inútil condutor de fios em vão,
sorumbático, ainda que solerte.

Jairo, porém, é um espetáculo.
Se não fosse por ele eu cairia ao chão.
Seu nariz é meu sustentáculo!

Sidnei, o Gigante

Rupestre futurista

Escrever-te é sempre mistério.
Perigosa ideia que me obceca.
Austero oásis, figura asteca
de um deus sem filhos, estéril.


Escrever-te parece-me indigno.
Sobre você, então, que ultraje!
Melhor é virares minha pági-

na e ler no horóscopo teu signo.
 

Escrever-te é sempre um esculpir-me.
Nesse escavar vou me diminuindo.
Igual a nave que ao céu vai sumindo

tendo deixado o rastro em terra firme.
 

Conceitos

Fazer sexo é divino. Não fazer é que é sacanagem.

Faroberto

terça-feira, 5 de maio de 2015

Panela Velha É Que Faz...

Todo político brasileiro é da mesma panelinha...
Faroberto

segunda-feira, 4 de maio de 2015

AGORA

ANTES DO FINAL DA NOITE EU QUERO TE ABRAÇAR
APERTADO E DEMORADAMENTE,
EXCITADO, SENTIMENTALMENTE,
MAS NEM UM POUCO FRATERNAL.


ANTES DO FINAL DA NOITE EU QUERO TE DAR
UM BEIJO APAIXONADO,
INTEIRAMENTE CARINHOSO E INDECENTE,
COMO AQUELE QUE SE QUIS E AINDA NÃO SE DEU.


ANTES DESSA NOITE TERMINAR
QUERO DIZER TE AMO, ADEUS E BOM DIA.
QUERO TE OLHAR PROFUNDAMENTE
COMO SAUDADE QUE SE FORA...


ANTES QUE EU ME ACABE COM ESSA NOITE,
SEJA A MADRUGADA ETERNA OU REPENTINA,
IREI TE AMAR NESSE MOMENTO PARA SEMPRE
E DESFRUTAR A POESIA QUE SERIA.

                                                      Fábio Roberto

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O transeunte

Aos policiais batendo perguntam o que fazem.

– Estamos aqui pra manter a Ordem.

Aos professores no chão perguntam: por que apanham?

– Representamos o Progresso.

E o transeunte, que devia enfiar o E no meio, apenas vê a cena e pergunta:

– E?



quarta-feira, 29 de abril de 2015

O sonho da Arte

Antônio se deita demônio.
Levanta sacrílego santo.
O sonho se ajeita ao neurônio
e espanta do epílogo o pranto.

Antônio morrer não nos choca.
Melhor dizer: eletrocuta.
Pois inda que imóvel provoca
a quem tenta, mas não o escuta.

Antônio era um disparate.
Talvez um delírio da câmera.
Antônio era um sonho da Arte,
que é o sonho de Antônio Abujamra.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Trigésimo primeiro

Se André Aguirra, efêmero,
Faz das palavras jejum,
Ao menos aceite os números:
Portentosos 31.

Ora um bebê com seu leite
Ora um pirata e seu rum.
Que importa, apenas aceite,
Valorosos trinta e um.

É a idade clímax, é o auge.
Momento igual há nenhum.
Três décadas são um menáge.
Gloriosos 31...

Daqui pra frente, eu sei não.
A vida é célere... zum...
E no futuro serão
Os saudosos trinta e um.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

AO...POEMA AO CAIEIRO

E se um dia, findo o livro que vivo e escrevo
A cada segundo contado
E a cada passo dado
Alguém o ler com os olhos
E não n' alma sentir
Será como visitar o sepulcro
E minha lápide
Chorar os meus restos
E não lembrar de mim

Por isso deixo grafadas essas letras mortas
Pegadas de meus passos
Para que pensem e saibam
Que elas estão mais vivas
E sinceras em meu coração
Que sente e vê do que o horizonte
Mais


Trecho que musiquei do "Poema ao Caieiro", de Leandro Henrique, um dos muitos que gostaria de ter escrito e sinto como se fosse meu.
Fábio Roberto

segunda-feira, 30 de março de 2015

Pra Turma do Teatro

Um ator que não concorda com o diretor está do contra...cenando.

Faroberto

quinta-feira, 19 de março de 2015

ERA...

um alcoólatra tão letárgico que morreu de cirrose apática.

Faroberto

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A Experiência da Idade

A Experiência da Idade

Nos tempos de outrora certamente fui um notório pistoleiro e assassino. Atirava primeiro para perguntar depois. Porque hoje as pessoas de imediato me encantam ou irritam e muito mais me irritam que encantam. Claro que existiram aquelas que me encantaram de imediato e depois me irritaram eternamente. E outras que mesmo tendo recrudescido o encantamento inicial, aí sim, pacientemente, entabulamos um namoro até a paixão se restabelecer. Mas o fato é que meu encantamento e minha irritação inicial dificilmente erraram e erram.

Mas com o passar dos anos a ansiedade foi se acalmando após tantos relacionamentos amorosos ou somente sexuais, filho, filha, netas, família, trabalhos, obras, desempregos, mortes, festas, músicas, amizades, inimizades, poesias, esperanças, alegrias, decepções, tristezas, idas, vindas e paradas. A sabedoria da velhice está se aproximando e então percebi que não precisava ser como eu era:

bastava atirar e nem perguntar depois!


Faroberto

domingo, 8 de fevereiro de 2015

FILANTROPIA

- Olá!
- Aaaah!!! Quem é você?
- Sou Deziro, o deus realizador de pedidos. De cem em cem anos, elejo a pessoa mais bondosa da Terra e concedo-lhe um desejo.
- Eu?
- Claro que sim, Norberto! Você uma das pessoas mais generosas que já passou por aqui.
- Caramba! Nunca pensei que pudesse ser recompensado por minha generosidade...
- Mais um motivo para ser escolhido. Sua bondade é pura.
- ...
- Vamos! Vá em frente! Faça um pedido!
- Qualquer coisa?
- Qualquer coisa. Mas atenção! Você tem direito a um único desejo.
- Quero que o meu gozo tenha o gosto do melhor chocolate do mundo!
- Oi?
- Meu gozo. Minha porra, meu esperma, meu leitinho, minha chuva-de-mingau, meu espirro-de-punheta, minha garapa-de-buceta, ...
- Eu entendi! Mas...
- Mas?
- Você tem certeza?
- Eu hesitei?
- Não... mas é que...
- É isso que desejo.
- Por que? Pra que, Norberto? Mulheres?
- Mulheres... eventualmente homens. Sabe? Sexo.
- Norberto. Não quero influenciar em seu pedido, mas você poderia usá-lo para acabar com a fome, com as doenças, com as guerras... Pense bem!
- Já pensei! E como tenho só UM pedido, vou usá-lo pra melhorar meu "jogo".
- Norberto... isso é muito escroto.
- O que é escroto? Pensar um pouco em mim, pra variar?
- Eu...
- O que?
- Eu não tenho poder pra fazer isso.
- Ah, então era disso que se tratava? Você não é tudo isso. Entendo...
- Dinheiro! Poder! Fama! Isso eu posso conceder.
- Não. Tô legal. Até mais ver!

RenatoMuraka

MANUAL PARA UM RAPAZ APAIXONADO PORÉM HESITANTE - FINAL

ORIENTAÇÕES FINAIS

- Noção Importante sobre o beijo:
Se... os lábios da mulher ficarem úmidos e silenciosos aproveite para grudar os seus lábios nos dela. Uma mulher espontaneamente silenciosa é algo tão raro, mas tão raro que só pode merecer milhões de beijos.

- Orientação Braba:
Todos os ensinamentos anteriores quando reforçados por música e poesia criadas para a sua futura ou atual mulher, conquistam o coração dela muito mais do que flores ou chocolates no segundo encontro. Quando a Mulher é alçada ao posto de Musa, atinge a plenitude emotiva ao mesmo tempo que  alcança a máxima satisfação do ego, o que desorienta seus sentidos, abalando até os alicerces da auto-confiança feminina. A Musa fica totalmente entregue. Isso pode ocorrer por poucos minutos, portanto aproveite-os, valerá tanto que você jamais esquecerá. Esteja certo que depois da primeira, logo ela estará te inspirando e cobrando nova obra.

- Pós-Graduação:
Como nem todas as pessoas têm o dom da criação artística, neste módulo do manual colocamo-nos a disposição para desenvolvermos as obras que tornarão vosso alvo feminino em vossa mulher e posteriormente  em vossa musa, que será nossa musa também. Sem segundas intenções, claro.

- Doutorado:
Lembre-se que conquistar verdadeiramente uma mulher não é fácil, mas mantê-la sua é que é difícil. Consulte sempre este manual. Atualizações e debates são realizados periodicamente na Tradicional Happy Hour de Sexta Feira da Casa do Sarau.

Faroberto/Lê





MANUAL PARA UM RAPAZ APAIXONADO PORÉM HESITANTE 4

PARTE 4 - MÓDULO FUNDAMENTAL

- é impossível entender as mulheres. Como você pode entender alguém que passa a vida sem se entender?

- as mulheres têm mais do que cinco sentidos, principalmente o sentido contrário do que você transita com sua imaginação. 

- a percepção extra sensorial delas é muito aguçada, tanto que você nem precisa tocá-las para chamar sua atenção. Suas atitudes, gestos e pensamentos são importantes em todas as fases do relacionamento.

- depois que você a conquistar, saiba que ela precisa ser tocada, acariciada, acarinhada, abraçada, beijada e penetrada constantemente. E é melhor que seja por você!

- mulheres são crianças mimadas que crescem e viram adultas mimadas, portanto necessitam carinho, atenção, amor , presentes e sexo sempre e eternamente.

- as mulheres são telepatas e acham que nós também somos, portanto não estranhe perguntas feitas como se ela já tivesse falado do assunto. Responda genericamente sem discordar, que ela vai te explicar tudo e depois se dará por satisfeita por você ser sempre tão participativo.

A TPM


- Quando ela está na TPM esqueça a Mulher que você conhece ou convive. Um espírito, geralmente maligno, se incorpora nela nessa oportunidade, transformando-a numa pessoa completamente diferente do normal e que nunca - repetimos - nunca deve ser contrariada. Há riscos concretos para a integridade física, moral, psicológica e espiritual de quem o fizer.

- TPM é um capítulo a ser estudado no Módulo dos Livre-docentes Mestrais, mas por enquanto saiba que a sensação incômoda da TPM na mulher é igual à sensação incômoda provocada pela abstinência da cerveja no homem, tendo alguns sintomas coincidentes ou parecidos: dor no corpo todo, mau humor, agressividade, tontura, calor e fome (elas), calor e sede (eles), hipersensibilidade /qualquer palavra magoa (elas), hipersensibilidade/sexo ajuda (elas e eles). 

Que fique claro: a TPC (Tensão Pré Churras) do Jairo Medeiros não é TPM.

Sintomas que as mulheres sentem com ou sem TPM, como irritabilidade, choro fácil, cefaleia, mastalgia, fadiga, esquecimento, dificuldade de concentração e ansiedade exagerada que causa palpitações são exclusivos delas e potencializados durante a TPM. Você nunca conseguirá sequer imaginar a sensação de uma TPM, assim como nunca sentirá a dor e a felicidade de um parto. 


- Não há cura conhecida nem exorcismo que funcione para a TPM.

Faroberto/Lê

MANUAL PARA UM RAPAZ APAIXONADO PORÉM HESITANTE 3

PARTE 3- MODO DOMINANTE

É importantíssimo na abordagem ao alvo feminino nos dias atuais, antes de utilizar as noções anteriores, reconhecer:
- se realmente é um alvo feminino.
- se é um alvo feminino que gosta de homens.

Depois de ultrapassada esta etapa e já utilizando as noções anteriores, necessário se faz descobrir:
- do que a mulher gosta e o que ela detesta.
- se ela é atirada, comedida, safada, ousada, recatada, santinha do pau oco, frígida, tarada, romântica, depravada, maliciosa ou desinteressada.
- se ela transa no primeiro encontro; se tem que haver um segundo encontro; se ela quer só ficar; se quer namorar de aliança; se dá pra qualquer um; se quer namorar sério; ou se só transa depois do casamento (argh... essa espécie rara ainda existe).

Antes de levá-la para a cama, se você é um cara preocupado com o futuro, siga essas orientações. Já se você não tem nada a perder ou não está nem aí para foras ou vexames, esqueça tudo, fale qualquer bobagem que vier às cabeças e ataque logo. No mínimo você irá ganhar tempo.

Faroberto/Lê

MANUAL PARA UM RAPAZ APAIXONADO PORÉM HESITANTE 2

PARTE 2 - MODO AVANÇADO

O sexo é feito de forma mais deliciosa e perfeita quando o casal está nu. Mas se não der tempo de tirar toda a roupa, seja criativo.

Aliás, as mulheres acham bonitos os homens criativos, inteligentes, sensíveis, másculos, cultos, ousados e surpreendentes, mesmo que sejam feios.

O beijo está para o envolvimento como as preliminares para o sexo.

Muito importante: os beijos vão dos lábios aos lábios...

Descubra que todo o seu corpo é um instrumento sexual para a mulher usar e abusar. Só assim ela será totalmente usada e abusada por você.


Faroberto/Lê

MANUAL PARA UM RAPAZ APAIXONADO PORÉM HESITANTE

PARTE I - MÓDULO BÁSICO

Beijo acontece antes nos olhos e depois nos lábios.

Conquiste a mulher deixando-se ser conquistado por ela.

Equilibre o envolvimento deixando claro que você a deseja intensamente, mas que respeitará o tempo do desejo dela, se isso não demorar demais...

Lembre-se que ser cafajeste é muito diferente de ser homem.

Olhe nos olhos dela sempre que ela estiver falando. Mas olhares furtivos para os lábios, seios, pernas, cabelos e gestos dela fazem parte da conversa.

Você pode ser naturalmente distraído, mas o copo dela não deve demorar a ser servido, nem o cigarro deve ficar apagado nas mãos dela sem que você o acenda. Se você não fizer isso, esteja certo de que um cara muito atento, gentil e sorridente terá um isqueiro de prontidão...

Faroberto/Lê

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

GAFE

Inconveniência cometida na gafieira por um não pé-de-valsa. Ex.: Jairo tirando moças para dançar.

Faroberto

GAFULEIRA

Fila de barangas que no salão assediam um não pé-de-valsa. Ex.: Jairo

Faroberto

GAFILEIRA

Fila feita pela mulherada no salão para dançar com um pé-de-valsa genuíno. Ex.: Fábio Roberto

Faroberto

GAFRIEIRA

Afecção cutânea que acomete pés de quem não é pé-de-valsa e frequenta o salão de dança. Ex.:  Jairo.

Faroberto

GAFIEIRA

Jairo não é pé-de-valsa mas é nariz-de-

Faroberto