Posto-me inerte como poste,
um infinito objeto rijo e fálico.
Sou vertical, curvado como itálico,
Mas encontrei alguém que goste.
É o Jairo, meu horizontalter-ego,
cujo nariz, firme lança em riste,
representa, mais que eu, não nego,
a medida de tudo que existe.
Posto-me como poste inerte,
inútil condutor de fios em vão,
sorumbático, ainda que solerte.
Jairo, porém, é um espetáculo.
Se não fosse por ele eu cairia ao chão.
Seu nariz é meu sustentáculo!
Sidnei, o Gigante
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