terça-feira, 25 de novembro de 2014

Hã?

Eu estou no ócio
e você, beócio?

Faroberto

No Teto

Estou com tanto calor e tara que vou instalar um ventilador de teta.

Faroberto

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Sono

Dormir é a ressaca da vida e o aperitivo da morte.

Fábio Roberto

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Amor à primeira vista

Resolvi conhecê-la amanhã.
A minha namorada, uma mulher especial.
E eu vou me apaixonar por ela instantaneamente.
Em minutos escreverei três livros de poemas
a ela dedicados. E serão compostas por mim,
em menos de meia hora, uma centena de músicas
inspiradas por essa musa. Ela, com seu jeito
ora tímido ora maroto, conquistará o meu coração
com tanta força que a pedirei em casamento
amanhã mesmo. Com um sorriso resplandecente,
amanhã ela dirá sim. Amanhã nos enlaçaremos
e vamos nos amar tão intensamente que geraremos
nossos filhos, que ainda amanhã crescerão belos
e saudáveis. Nós seremos eternamente companheiros
amanhã. Envelheceremos juntos vivendo esse dia de
forma violentamente verdadeira. O tempo não terá
para nós nenhum sentido. Não nos fará falta, nem
nos sobrará. Só nos importará o dia de amanhã.
Não anos atrás, que nem existiram. Não ontem,
quando não existimos realmente porque nosso amor
não existia. Renasceremos amanhã com o nosso amor.
Sem pressa. Sem passado. Sem futuro. Um amanhã
que nunca acabará e deixará o depois de amanhã
sem ter o que fazer, estático, num perpétuo aguardar
sem nem poder admirar o nosso amor que nunca terá
acontecido ontem. Por ter nascido e vivido dessa forma
impossível, invejada, platônica, onírica, romântica,
perfeita, loucamente apaixonada, utópica, lírica, mágica,
totalmente e somente amanhã.



Fábio Roberto

sábado, 1 de novembro de 2014

Amém (tira)

Pra chegar lá, só de asa delta
No alto dos cinquenta e quatro
Ainda mais com a face esbelta
Ainda mais com jeito sátiro.

Pra chegar lá, só de helicóptero
A mais de 54 mil metros
Ainda mais vindo de um útero
Ainda mais vindo de um hétero.

Pra ires lá, muito impulso demos
54 são tantas lonjuras
E se antes Rosana, oremos
agora também: Jairo nas alturas!

Niver Jairo 5.4

O Romance

Carlão não declama ou uiva
Declina de todo churrasco
Pega loira, mulata ou ruiva
Nem traveco lhe dá asco

O Jairo ficou magoado
Trocado por tantas damas
Sentimento extraviado
Pelo Mestre-rei do Bahamas

A vingança será perversa
Picanha Carlão há de pedir
Sem choro, vela ou conversa
Espetos o Prateado irá brandir

- Não quer mais minhas maminhas?
- Regalou-se e está saciado?
Grita Jairo as picuinhas
Enquanto faz leitão assado

Oh Mestre da pole dance
Jairo assim ficou sem par
Personagem sem romance
Foi afogar tristeza no bar


Faroberto



Jairo Aniversário


É um fato impressionante
Comenta a formosa Bia
Estranho, raro e intrigante
Parece que é uma fobia

Cair Jairo aniversário
Sempre em final de semana
Assim será no centenário
Conservado pela cana...

É que tem que fazer churras
Em dia útil não rola
A Rosana vai às turras
Mais séria que uma carola

Pois então, eternamente,
É no sábado, damos respaldo
No domingo, certamente,
As sobras darão rescaldo!


Faroberto



Versário de Benjamim

Querido Padim-pudim,
Nunca perco aniverjário.
No que depender de mim,
Não ficarás solitário.
Vamos assar o teu rim
Zoar teu nariz hilário
Vamos tocar um Jobim
E cantar como um canário
Vamos fazer tintim
Chorarás como em berçário
Nascerás de novo ao fim
Envelhecendo ao contrário!