Talvez eu morra
nascendo em outro
nessa masmorra
em que me encontro.
Talvez eu viva,
o que é pior.
Minha saliva
é teu suor.
Agora mesmo
mordem meu olho.
É o vigésimo,
sem monopólio.
Alguém resmunga,
a voz é minha,
e me excomunga
pagão! definha!
É o fim no termo
a-z do ômega.
Nada mais ermo
que meu estômago.
Mal choro a lâmina
que me tritura
meu riso unânime
já me costura.
O que é pior,
pois nunca cessa.
A minha dor
é uma promessa.
Talvez eu nasça
morrendo em outro
nessa desgraça
em que me encontro.
Lê
Um comentário:
Sinto-me assim.
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