terça-feira, 3 de julho de 2012

O duelo

Com dedos entrelaçados
Um metal frio reluz os olhos do oponente
E em gesto único num cirrar de dente
Cisalha fina camada branca

Outrora fibra celulosa branda
Dispara golpe sufocante, inesperado
Amarra punho fortemente cerrado
Decepção da vitoria prima

Papilas provam sabor amargo
É a ultima chance, entram dois, sai um
Bochechas fecham os olhos em sorriso largo
Degusta o prêmio com sede de jejum

Olhares se estudam
Futuro breve decidido por cerrada mão
Aguardando a falha alheia esitam
E em gesto rápido do céu vai ao chão

Massa densa, golpe colosso
De duas partes se fazem mil
Ferro forte que outrora fere
Quebra como ferradura de cavalo coxo

Para um se fez justiça
Outro clama por outra vez
Tumultua onissono o pavor da ira
Não reclame você pediu melhor de três


André

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