quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vírus da covardia

André tomou cerveja no copo
em que Jairo havia bebericado
E de repente, estava no topo,
e foi caindo ao chão gelado.


Pegou sapinhos da boca araúja
e logo passou a engolir o sapo.
Uma voz em sua cuca diz 'fuja'
e ele fugiu sem mais bater papo.


André bebeu do copo da mudez
engoliu o verso, vide o bafo
que não destila nem desabafo.


André hoje revela uma frigidez
no instante em que o fotografo:
vê-se Jairo, calado, quieto, safo.


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