sexta-feira, 13 de julho de 2012

Soneto de Maceió

Enrique deu uma de Padre Anchieta
E pôs-se a escrever poemas na areia
Usou de luminária a lua cheia
E fez de um graveto a sua caneta.


Depois empunhou sua clarineta
Rasgou a pele como quem folheia 
E fez jorrar notas da própria veia
Tingindo o chão como quem atapeta.


Assim o poema de areia e de alga
Feito de letras, notas e algarismo
Sutura de açúcar ao que o mar salga.


E fez-se algazarra no mar, em oh!
Pois só se viu tal cena em Maceió
Os números espalhando lirismo...




Fotografia de Marili (ou Enrique)

2 comentários:

Fábio Roberto disse...

Esse foi para a Marili ver que a gente também tem poema sério hahahahaha

disse...

Não só poema sério como agora a gente usa foto, vídeo, estamos migrando para outras manifestações artísticas! Estamos cool. Só o Jairo que continua apenas coo.