terça-feira, 11 de setembro de 2012

Churras brabo

O carvão em brasa a esquentar os ânimos.
A panela no fogo está de óleo em tudo.
Cada lábio é um milho de pipoca, mudo,
de repente, às gargalhadas, magnânimos.

Estouram, algazarram, às manadas
tornam-se milhares de dentes,
apenas sorrisos sem som quentes
ardendo após o calor das risadas.

Sai o sol e cai o sal que apascenta.

Churras brabo, onde me acabo
e principio-me outro. Me descasco
da pele da rotina (que é o diabo!).
Nunca deveriam ter fim: mãe e churrasco.

Um comentário:

Fábio Roberto disse...

Muito bom! E a chrrasqueira termina a lipo hoje a tarde!