segunda-feira, 8 de abril de 2013

SONATA


Soa o tempo retumbante allegro.
Respira a vida sóis e consequências
do que fui. Sorrio largo e desintegro
o futuro, minhas imprudências...

Soa o tempo vagaroso adágio.
Respira a vida, melancólica.
O vento forte trás outro presságio
A árvore que verga, simbólica.

Esta parte apresenta um minueto.
Dançando as folhas soltas dão o sinal.
Levanta-se, prepara-se o quarteto,

não segue partitura ou libreto.
Como um destino, chega ao final,
a minha sonata em forma de soneto.

Fábio Roberto

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