Restaram
poucos dos poetas
brabos no octógono
das linhas.
Almas quando
são analfabetas
voam longe feito
andorinhas
procurando o
colo de um verão.
Medo de um
tenebroso inverno
que lhes prenda
o verso no alçapão.
Vivem em grades
do silêncio eterno.
Aves brabas sobem
muito além,
nunca temem pedra
de estilingue.
Brotam-lhes
palavras no harém,
para que a escolhida
vingue.
Forma-se na
página um ringue.
Polemizadores
nos seus córners.
Escrevem
tanto, até que o sangue pingue
e a folha
inteira um poema adorne.
Fábio
Roberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário