sexta-feira, 19 de abril de 2013

POETAS dos POEMAS BRABOS

Restaram poucos dos poetas
brabos no octógono das linhas.
Almas quando são analfabetas
voam longe feito andorinhas

procurando o colo de um verão.
Medo de um tenebroso inverno
que lhes prenda o verso no alçapão.
Vivem em grades do silêncio eterno.

Aves brabas sobem muito além,
nunca temem pedra de estilingue.
Brotam-lhes palavras no harém,
para que a escolhida vingue.

Forma-se na página um ringue.
Polemizadores nos seus córners.
Escrevem tanto, até que o sangue pingue
e a folha inteira um poema adorne.


Fábio Roberto

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