quarta-feira, 10 de abril de 2013

Andrairo

Mas quando o nariz de André
Alcançar os horizontes
E quando, pé ante pé,
Atravessar as mil pontes

E quando o olho de André
Inundar seu rosto calmo
E quando ler mas sem fé
Como bula a cada salmo

Quando o cabelo de André
Branquecer mas sem velhice
E quando usar um boné
Para esconder a calvície 

E não escrever nem carta
E se renegar como poeta
Feito asquerosa lagarta
A se tornar borboleta

Quando tudo isso ocorrer
Estará feita a simbiose:
É o André a enjairecer
Que triste metamorfose...

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