quinta-feira, 25 de abril de 2013

O ataque da lasanha!

Ele estava com uma fome
Não tinha nada pro almoço
Nem osso, casca ou caroço
Fábio Roberto é seu nome.

E ele revirou o armário
Escavou a geladeira
Mas não tinha nem besteira
Já passava do horário.

E foi roncando a barriga
A coluna toda curva
A visão ficando turva
Nem migalhas pra formiga.

Eis senão que ele abre o freezer
Dá de cara com uma estranha
E congelada lasanha
Simpática, ouvi dizer...

Sem hesitar, ligou forno
Esperou trinta minutos
Urrando como urram brutos
Até que ficasse morno.

A essa altura dilacera
Já a fome quase grita
Ele nem um pouco hesita
Abre o forno e nem espera.

Mas a especiaria ferve
De nervosa, não aceita.
Para isso não foi feita
Pra ser comida não serve.

É uma briga! Se engalfinha!
Ela dá-lhe uma mordida!
Ele, assustado, revida!
Quer morder a coitadinha!

Ela dá o último golpe
E queima-lhe a pobre mão
Pra depois cair no chão
E arrancar-se num galope.

Queimadura de primeiro grau.
Fábio Roberto, o faminto,
Ao menos vai comer o distinto
E belo rango de hospital!

Um comentário:

Fábio Roberto disse...

Não adianta chorar a lasanha derrubada!