sábado, 1 de junho de 2013

Todas as Manhãs


                                O quanto a solidão precisa pra morrer?
Precisa os lábios teus
No instante da palavra
Antes de um adeus
Que, sábio, nunca houve
Nem saberá dizer e nunca soube

Por quê a solidão insiste em tal proeza
Se basta um toque teu
Que altera a natureza?
O que aconteceu?
Olhares se casaram
As mãos que te afastavam se cansaram

Agora que eu entrei tão dentro de você
Me aquieto como se
Pra sempre eu ficasse
Pra sempre eu te amasse
Em todas as manhãs
Assim, feito louco e calmamente

Agora que eu estou tão dentro de você
Me esqueço como se
Pra sempre eu pudesse
Pra sempre eu te tivesse
Em todas as manhãs
 Sentindo o teu beijo longamente.

                 Fábio Roberto


Com esta música presto a minha homenagem para 
Márcia Salomon pelo seu aniversário

P.S.: esta canção foi inspirada pela música A Volta (Menescal/Bôscoli), numa impressionante interpretação da Márcia no bar Ao Vivo em 2008.

Nenhum comentário: