sábado, 1 de junho de 2013

Nenhuma das noites

De quanto a solidão precisa
Para sequer sobreviver?
Que adianta esquecer, se a brisa
Vem tua voz me trazer?!

Não quero mais ouvir tua voz
Se ela não vem da tua boca.
Estamos eu e meu radinho a sós
E nele é a tua voz que toca.

Não tenhas pressa de voltar
Não venhas correndo nem levantes
Para não cansar nem suar
Fiquemos longe, equidistantes.

Só não sou vazio porque fumo
Pulmões saudáveis são tão ermos...
À solidão já me acostumo
Já nem sei mais o que era sermos.


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