Não sei por que
eu teimo e escrevo
Talvez da
poesia eu seja escravo
Juntar
algumas sílabas me atrevo
Dedicando à
vida um desagravo
O sentimento
surge, logo cravo
Nem sei de
onde vem, só o transcrevo
Se for suave
dramatizo e agravo
Se for
maldito e bravo só descrevo
Se me acabam
as rimas, modifico
Pena que é
não assim com a vida
Penso que
estou, nem fui nem fico
Alma
vagueando numa ermida
Ah palavra,
agora eu te hiberno
Presa,
ficarás em minha cabeça
Queimaremos
juntos neste inferno
Até que a
consciência desfaleça
Fábio
Roberto
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