quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Em forma

André abusou em Setembro.
Causou furores e espanto.
Escreveu tanto, mas tanto,
Como igual dantes não lembro,
Que bateu qualquer recorde,
Disso não há quem discorde.

No entanto o mês inda corre
Aliás não passa de um/terço
E André já pára disperso
Como quem dorme ou quem morre.
De mal a pior, vai péssimo,
Da cota não cumpre um décimo.

Será que se incentivado
E elogiado, honra o mérito,
E então supera o pretérito
Qual recorde ultrapassado?
Boca fechada igual zíper
Silêncio sem roupa: stripper.

Da nossa igreja maldita
Afasta-se André aos poucos.
Anda a pensar que é de loucos
Essa profissão de escrita.
Pra evitar do inferno o abismo,
Pensa que é só pagar dízimo.

Mas entendo a lentidão
Como fraqueza de espír'to
Não é veloz como Ayrton
Nem assíduo qual cristão.
Como da cruz o diabo
Foge André de Poema Brabo.

Ou nos vê qual demoníacos
Ou nos enxerga fanáticos.
Doidos, malucos, lunáticos.
Avecênicos, cardíacos.
Nossa mente cancerígena
É tão rara quanto Krishna.

Crença, fé, besteira, humor
Tudo isso é nosso esporte
Não nos alcançará morte
Eu sou meu próprio tumor.

Nenhum comentário: