terça-feira, 17 de setembro de 2013

Bronco

O amor do troglodita cai qual pétala
Dentro do seu coração em balbúrdias.
Entre pregões, cenas estapafúrdias,
Ruídos, brigas, mortes, há um poeta lá.

Está sentimental o troglodita.
A primavera enfim já se aproxima
E o truculento põe-se a fazer rima
Logo que vê passar moça bonita.

Mas bonita a moça não considera
Nem uma palavra nem primavera
Nem pôr do sol nem lua nem crepúsculo.

Frustrado o brucutu rasga os escritos,
Bate o tórax e solta entre dois gritos:
'Amor o troglodita arrasta a músculo!'

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