Ficou cego
Cerrou as pálpebras, pois já não mais servia
Trouxe pra perto seu enorme ego
Há um metro de horizonte
Em ponta dedos se guia
Ficou surdo
De fora pra dentro um ruído entrou para nunca mais sair
Musicou em cachimônia
Se maravilha com o gosto do feijão
Não fecha a porta para dormir
Ficou mudo
Engole vocalizações antes vomitadas
Não reclama nem aclama
Não grita, não chora, não lamenta
Língua não mais o põe em cilada
Não foge donde fugia
Alegra como carinho em cão
Tristeza não mais fermenta
Ficou em paz....
André
Um comentário:
Foda hem, belo poema! Já vi que tem que ser na base da provocação...
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