Pessoas idosas cuidam de suas casas
Com um pincel
Cobrem, delicadamente, aquela ferrugem ressurgênte
Soldam o portão quebrado
Podam suas plantas
Os casais se apoiam e aposentam suas bengalas
A ajuda é mútua e o cuidado eterno
É fim de tarde
Cheiro de vinho
Azeite
Pro Sol não entrar nas casas
O toldo é natural
Feito de oliveiras
O ar é de calmaria
Não há o que ter pressa
O que Temer
Olhem essas casas
Castelos medievais
Em meio a antiquarias
Casas restauradas
Há mente aberta ao novo
Outros mentem pro povo
O novo e o velho acontecem ao mesmo tempo
É tudo tão clássico
O sino toca nas catedrais
Há anúncios nos shoppings
O cheiro de brechó invade o ar
Caminho nessas ruas ancestrais
observo o chão de pedra:
"Quantos homens já não devem ter pisado nesse mesmo local?"
Enquanto isso no meu Brasil, feito terra, minha terra!!
Passavam tantos animais...
Passavam tantos animais...
Jabuti
Jararaca
Jacaré
Jaguatirica
Avenida perto de casa é Jaguaré
Meu pai mora na Jabaquara
Visitamos o Pico do Jaraguá
O povo aqui acha gozado tais nomes
Eu invejo e admiro
A calmaria portuguesa
Mas tenho saudade e respeito
A minha essência brasileira
5 comentários:
Essência brasileira e alma universal!
Filha de peixe... ahaha.. tá muito lindo Bia. Te amo
É o que a Cândida sempre diz hihihi
Bia, poesia que parece um quadro, tingido de mil emoções. Parabéns! Adorei!
É isso mesmo Fábio =D
Muito obrigada Patrícia! Fico feliz pelo elogio!
Pai te amo!
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