Lê
Humor, talento, ironia, reflexões, inteligência, sarcasmo, esperteza, maldade, sacanagem, diálogos, debates de ideias, (des)respeito, blasfêmia, provocações. Anti: moralismo, preconceito, censura etc. Participe se tiver coragem!
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Inventário
Morrerei. E de mim deixo só:
A carne aos que carnívoros;
Um violão, já armado em dó;
E um caos ou cais, em livros.
Lê
Brandy
Jairo é um Napo leon.
Faroberto
Faroberto
Trago
Whisky ruim nem é dose.
Faroberto
Faroberto
Chatinho
Nem chegava a ser mala, era trouxa.
Faroberto
Faroberto
Mico
Se pagou o maior pau foi por tara?
Faroberto
Odor
A lixeira mal.
Faroberto
Faroberto
Disputas
Aos vencedores as batatas. Aos perdedores balalas...
Faroberto
Faroberto
Qual?
Quando eu otimista posso. Quando pessimista poço...
Fábio Roberto
Fábio Roberto
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Ciclo
Vou dormir porque dormir é morrer. Depois vou acordar porque
a vida é talvez.
Fábio Roberto
Diafragma
Pensava ter a solução mas era apenas um soluço...
Fábio Roberto
Acolá
Quando você pensa que chegou lá você pensa.
Fábio Roberto
Quase
Faltou um pouco. Muito perto. Era tão próximo e era quase.
Não sei se o eterno pode ser efêmero. Não sei se o quase pode ser pra sempre. Quem
sabe o tempo se saiba.
Fábio Roberto
Nada
Quando nada mais te emotiva não há mais motivo pra nada.
Fábio Roberto
Tudo
Tudo tem um motivo. Nem tudo tem uma motivação.
Fábio Roberto
Fábio Roberto
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Bronco
O amor do troglodita cai qual pétala
Dentro do seu coração em balbúrdias.
Entre pregões, cenas estapafúrdias,
Ruídos, brigas, mortes, há um poeta lá.
Está sentimental o troglodita.
A primavera enfim já se aproxima
E o truculento põe-se a fazer rima
Logo que vê passar moça bonita.
Mas bonita a moça não considera
Nem uma palavra nem primavera
Nem pôr do sol nem lua nem crepúsculo.
Frustrado o brucutu rasga os escritos,
Bate o tórax e solta entre dois gritos:
'Amor o troglodita arrasta a músculo!'
Lê
Mens-corpore de um desengonçado
Meu espírito é esportivo
O meu corpo sedentário.
Meu sentir é progressivo
Meu coração anti-horário.
O meu passo é decisivo
O meu pé retardatário.
O meu carinho é um clímax
Minha mão empata-foda.
Minha mente igual a Fênix
Meu cérebro cinza, a poda.
Minha visão fiat-lux
Meu olho escuridão toda.
Tudo em mim, do que era ideia,
Quando realizado, afrouxa.
Algo assim feito uma estreia
Para uma plateia chocha.
Minha intenção? É na veia!
Mas o real é nas coxa.
Lê
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Nunca
Nunca é o lugar a que sempre vou.
A palavra que digo a toda hora.
A pessoa que a todo instante sou
Enquanto o tempo se desmancha aurora.
Nunca é o luar que não se eclipsou.
A palavra que mordo e me devora.
A peçonha que em cura se tornou.
É o antes já depois talvez agora.
É jamais ter sido feliz, ao que parece,
Mas também sem nunca ter deixado de o ser.
É tudo que, por não vivido, não se esquece.
Intransponíveis obstáculos... Inalcançáveis metas...
Nunca... Nunca... Nunca! uns jamais vão saber
Como é lindo e absurdo o nunca dos poetas!
Lê
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Acordar
Uma palavra
Uma única
palavra
De quem te
ama
De quem você
ama mais do que a vida
Movimenta
tudo
Muda o presente
E o futuro
se acende
É por isso
que vale a pena amar intensamente como se a gente fosse morrer agora
A paixão
realiza, te dá força, te eterniza junto à felicidade.
“como é bom
poder tocar um instrumento” (Caetano Veloso).
Tem uma
mulher que toca a minha alma e eu toco a alma dela.
Fábio
Roberto
Adormecer
Triste morrer todo dia
Renascendo
maldita esperança
Ah...esperança,
isso cansa
A paz
prometida é arredia
Não espero
ou desejo mais nada
Que venha a
verdade indigesta
Deixo a vida,
palavra funesta,
Que minh’alma
pro inferno se evada
Fábio Roberto
Preocupação paternal
Me perdoe, meu filho
Se te sou muito rígido
Mas é que andas tão frígido
Sem força nem brilho.
Será que acabou a pilha?
Estará com mau contato?!
Isso preocupa de fato
Sua artística família.
Andamos tão apreensivos
Co'essas novas companhias
Com o entrares numas frias
'stás calado, sem motivos.
Esse tal Jairo Araújo
Não lhe é boa influência
Afirmo com veemência
Que é pior que o dito-cujo.
Teu escrever periódico
Nossa alegria extravasa
É como, ao voltar à casa
Bem faz, o filho pródigo.
Lê
Radical
Mergulhado em mar poema
Aspirando nova idéia
Um hostil ecossistema
Sobrevivo em apnéia
De palavra toma um gancho
Em verso esquiva vem
Uma estrofe em ponta queixo
Abre métrica contagem
Não é luta, não é forte
Nem toureiro ou alpinista
Radical é esse esporte
Quem pratica é poemista
André
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
A Música
Melodia surgiu de súbito
E eu dela, humilde súdito,
Perguntei de onde ela vinha,
De quem era, se era minha.
Não tocava um instrumento,
Justo naquele momento.
Perguntei de onde ela era,
Alegria, paixão ou quimera?
Melodia densa fluía,
Bonita que até doía
Perguntei: tu és de verdade?
És agora ou saudade?
Nenhuma resposta eu tive.
Não importa como adjetive,
Era eterna e talvez a esqueça
No fundo desta cabeça.
Fábio Roberto
La Cuenta
Tá tudo muito quieto:
Renato fogo de palha
Silêncio Jairo espalha
André sem alfabeto
Calado, oculto e mudo
Renato, cadê coragem?
Jairo dorme na garagem
André era só papudo
Das palavras, taciturnos
Engoliram letras a seco
Abandonaram num beco
Pisaram com seus coturnos
E à poesia, majestosa,
Coitada, assim maltratada,
Resta a tristeza pesada
Ao pedir a dolorosa
Faroberto
Em forma
André abusou em Setembro.
Causou furores e espanto.
Escreveu tanto, mas tanto,
Como igual dantes não lembro,
Que bateu qualquer recorde,
Disso não há quem discorde.
No entanto o mês inda corre
Aliás não passa de um/terço
E André já pára disperso
Como quem dorme ou quem morre.
De mal a pior, vai péssimo,
Da cota não cumpre um décimo.
Será que se incentivado
E elogiado, honra o mérito,
E então supera o pretérito
Qual recorde ultrapassado?
Boca fechada igual zíper
Silêncio sem roupa: stripper.
Da nossa igreja maldita
Afasta-se André aos poucos.
Anda a pensar que é de loucos
Essa profissão de escrita.
Pra evitar do inferno o abismo,
Pensa que é só pagar dízimo.
Mas entendo a lentidão
Como fraqueza de espír'to
Não é veloz como Ayrton
Nem assíduo qual cristão.
Como da cruz o diabo
Foge André de Poema Brabo.
Ou nos vê qual demoníacos
Ou nos enxerga fanáticos.
Doidos, malucos, lunáticos.
Avecênicos, cardíacos.
Nossa mente cancerígena
É tão rara quanto Krishna.
Crença, fé, besteira, humor
Tudo isso é nosso esporte
Não nos alcançará morte
Eu sou meu próprio tumor.
Lê
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Pratos Limpos
Impressionante que quando Leandro faz comida soja tudo.
Faroberto
Faroberto
Brasil x França
Quando é contra a França o André quer que tudo Zidane.
Faroberto
Faroberto
Brasil x Portugal
Jairo ficou fã de um jogador português chamado Cuentrão!
Faroberto
Faroberto
Atrasado
Não é que o Jairo não faz poemas. É delay exagerado
Faroberto
Vidas
Espiritualista feito Leandro não acredita em encarnação.
Acredita em vegetação.
Faroberto
Xixi
Leandro bebeu cerveja mas não urinou, ele miojo...
Faroberto
Faroberto
Carne
Para o Jairo o buraco é mais emBassi.
Faroberto
Faroberto
Pai protetor
Faroberto: Leandro, meu filho! Estás chorando?
Lê: É a cebola.
Fábio ataca a cebola raivosamente cortando-a em pedacinhos.
Lê: Obrigado!
Lê
Precipitação
Faroberto: Porra, Leandro! Queimou a comida!
Lê: É feijão preto, porra!
Lê
* fato verídico.
Teaser
Sonia diz: é coisa mística...
Marcia diz: é cabalística...
Carlão diz: é egoística...
Rosana diz: é eurística...
Jairo diz: é eucarística...
Enrique diz: é estatística...
Marili diz: é linguística...
Sarah diz: é sarística...
Celi diz: é urbanística...
Carol diz: é automobilística...
Gabi diz: é turística...
André diz: é realística!
Renato diz: é paisagística...
Luciana diz: é característica...
Fábio diz: é humorística...
Eu digo só: é Mostra Artística!!
Lê
Visões hemisféricas
Renato acha que 'For God's sake' significa 'Pelo sakê de Deus, né?!'.
André acha que significa 'Deus tem quatro bolas!'
Lê
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Sparring Demitido
Estrategista
ele se diz
Não ganha
nem jo ken po
Lutando
quebra o nariz
Sai
dizendo ai ki do
Será
que ele é bom no xadrez?
Só
se for quando comendo
Um tipo
de frango chinês
Ou em
cana sofrendo
Tem
o Jairo como amante
Murakami
de cozinheiro
Do
Fábio é coadjuvante
Adora
em Leandro até o cheiro
Já
cansei desse sparring
Minha
pancada já sentiu
Mesmo
que me amarrem
Não rende no pay per view
Faroberto
Claquete
André sempre procurou alma gêmea
Pra fazer de poemas troca-troca
Para ser um do outro macha e fêmea
E enfim fazer piar a jiripoca.
André abriu até a grande cúpula
Pra decidir parceiro de poema
Que então faria co'ele grande dupla
Como um casal de filme de cinema.
Primeiro fez com Jairo par romântico
Em Pontes, Clint Eastwood e Meryl Streep
Di Caprio e Winslet se amando no atlântico
Bluesman e Lucille lá por Mississippi.
Mas não deu certo, não rolou a química
E André continuou fazendo teste
Medindo a aparência e a compleição rímica
Dos pretendentes à função celeste.
Até que um belo dia, nem sei quando,
Alguém desponta; será um poeta,
Na janela de André versos cantando?
Era o Romeu pra sua Julieta!
Era a face-e-meia, a dupla dinâmica
Era o Batman para o seu Robin
Era a mão firme pra sua cerâmica
Era o Vinicius para o seu Jobim.
Oh era o Sal para seu Al Pacino
Num Dia de Cão ou Dia de Fúria
De 4, pecados, o seu destino
Era a cobiça, a ira, a gula e a luxúria.
O Brad Pitt em sua Angelina Jolie
O Ney Matogrosso pra seu Cazuza
O pincel pra seu Salvador Dali
Eram as serpentes pra sua Medusa.
A Yoko Ono para o seu John Lennon
Era o Richard Gere para sua Julia
Era o enorme, confuso e sereno
Palheiro que faltava em sua agulha.
Era o Murakami quem despontava
A deixar André com a perna entre os rabos
Tudo isso no dia em que – té chorava –
Renato vinculou-se ao Poemas Brabos...
Lê
O peão tá morto
Como herói que sai de luto
Bate num noutro também
Se não fosse Lex Lutor
Quem seria o super man?
Tenta desfocar fracasso
Sem sucesso ainda fita
Q'nem piada de palhaço
Não achou criptonita
Poesia saiba ou não
É estratégia não é rinha
Sacrifica-se o peão
Pra no fim comer rainha
André
O Encosto
André, tua
obsessão
Não arreda,
nunca cessa
Cada hora
mais possessa
Mas não faço
concessão
Parece um cd
riscado
Uma tecla
emperrada
Uma bicha
mal amada
Entendida do
babado
Virou
fantasma, encosto
Do meu saco
um pentelho
Um menisco
do joelho
Do Jairo,
mero preposto
Grita, grita
e nada fala
João bobo
vai e volta
Está doida?
A franga solta
Extraviada feito
mala
faroberto
A outra turma do Fábio
To falando que é esquisito
Me preocupa, tira o sono
Antes Fábio era o mito!
Hoje um poeta homo
Outra turma que ele espreita
É daquelas da parada
Ô coroa se indireita!
Ta liberando a outra entrada?
Já sei onde isso acaba
Sai do armário! Desiniba!
Quer sair da Turma Braba
Quer entrar na Turma Biba!
André
Fronha
Bofetada
tua esquivo
Não
acerta nem uma mosca
Só
sabe palavra tosca
Problema
cognitivo
To
velho, mas no jogo
Ainda
craque, bom de bola
Você
chora e rebola
Vestido
de demagogo
Essa
tua pose de macho
Não
se sustenta no espelho
Que
te olha e vê um fedelho
Usando
calcinha por baixo
Fica
quieto, volta pra cama
Esconda-se
mordendo a fronha
Fazer
sexo pra tu é bronha
Sonhando
que é minha dama
Faroberto
Mulher de malandro
Faroberto com ciúmes
Gostaria ser primeiro
Ta querendo entrar pro Guines
Não quer parte quer inteiro
Pra você tenho uma lisa
Tem pra todos não insista
Sai de mim coroa, chispa!
Depois de velho masoquista?
Antes peço agora mando
Uma verdade acreditada
Como mina de malandro
Fábio ama bofetada
André
Projeção predilecional recíproca (para Murakami)
Ele do Abujamra é fã
Mas do filho, não do pai
Será, não gosta de cã?
E odeia os velhos; uai?
Fiquei tentando entender
Por que não gosta do Antônio
Será que não tem a ver?
Ou é coisa do demônio?
Mas agora dou destaque
Só agora entendi, pois é
É que o cantor do Karnak
Se chama também André...
Lê
Terceira Campainha
Corre um
boato que Renato é insone
Sei não, isso
me parece lenda
Tanto faz
que ele se ofenda
Adormece com
Abujamra no fone
Agora mesmo
está sonhando e ronca
Vizinhos
reclamaram com o síndico
Sugeriram meditação
de índico
Só resolve
da Luciana a bronca
Acordem o
Murakami poeta
Aguardemos o
próximo ato
Da peça que
escreve de fato
Foi suave a
minha indireta
Faroberto
Naipe em carta marcada
Única razão para André amar Murakami e não Jairo é que um é nipo e o outro é napo...
Lê
Churras Nipônico
Quando o André escreveu "um de coração" é que ele tá querendo espetinho!
Faroberto
Faroberto
Hora da Verdade
Vejam só que
impressionante
André
desandou a escrever
Débito tinha
a haver
Agora caminhão
basculante
Foi que o
Renato chegou
André de
repente tão meigo
Deixou de
palavras ser leigo
Parece que se
apaixonou
Leandro
também sorridente
Pastel garantido,
né?
Pão de
queijo, quem sabe um café
Ou saborosa
massa al dente
Viraram dois
cordeirinhos
Realmente
era só falsidade
O tamanho da
agressividade
Ai que
poemas bonitinhos
Eu não me
vendo por comida
Aqui tem
homem com agá
Sou velho
mas não estou gagá
E coloco o
dedo na ferida
Covardes,
pulhas, puxa-sacos
Nunca
aguentaram uma briga
Dormem
sempre, muita fadiga
Dou-lhes
bananas, macacos!
Faroberto
Predileção projetada *
Incrível como André
Desmanchou o silêncio
Foi chegar o homem-né **
Ficou seu estro imenso.
Está claro, tá exposto
Vou falar nada menos
É que André tem um gosto
Pelos tipos pequenos.
Queima igual labareda
Vou falar nada mais.
É que André tem u'a queda
Pelos orientais....
Lê
* Predileção projetada = termo freudiano que define o ato inconsciente do sujeito se identificar com alguém que apresente alguma característica do respectivo cônjuge.
** Homem-né = pessoa com o costume oriental de, no Brasil, terminar toda frase com né?!
domingo, 8 de setembro de 2013
Pasteleiro poeta
Óleos quentes
Massa mão
Frigem mentes
Bolha derme
Um pragora
Outro não
Um de carne
Um de coração
André
Calma o caralho!
Não quero Elísios nem Tártaro
Nem tampouco quero a abóbada.
Me traga a raspa do tacho
Que eu me contento com a sobra da.
Lê
Calma, CARALHO!
Não vim aqui prometendo o céu.
todo o tempo que eu tenho, é válido
única coisa que japa é rápido
é na arte de fritar pastel
todo o tempo que eu tenho, é válido
única coisa que japa é rápido
é na arte de fritar pastel
Pequenino
Co'essas coisas do Japão
- nunca tive que esconder -
Sempre tive obsessão
'ma proposta vou fazer
Pois desejo animalesco
apimenta o casamento
o meu não vai ter refresco,
pode vir, que eu aguento
Gire o dimer do neon
Bote o dildo pequenino
Vista logo esse strap-on
que a bunda, eu empino
É você quem vai por cima
ande logo! não reclame
Deixe de ser Higashima
Finja que é meu Murakami
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
DECEPÇÃO
Não há como justificar
Tamanho atraso a micar
Parece estrela do rock
Quer que eu te reboque?
Defendê-lo eu tentei
Saraivadas de balas levei
Parece uma velha com coque
Não entendeu o meu toque?
Teve apoio, teve chance
A palavra não teve alcance
Não conseguiu um enfoque?
Olhe no espelho e se soque
Nem vale a pena o sarro
Nem tosse, foi um pigarro
Realmente não tinha estoque
Nem pra fazer um nhoque
Faroberto
Azia da Ásia
Japonês tem olho fechado
Pra da vida não ver desgraça
Tudo que enxerga é imaginado
Em olho fechado não entra fumaça.
Japonês tem mão fechada
Pra não mostrar felpudo tapete
Sua intimidade é tarada
Em mão fechada não passa gilete.
Japonês tem boca fechada
Pra não incitar a barriga
Por isso é que não fala nada
Em boca fechada língua formiga.
Lê
Japonês quietinho
Japonês que é bom de pesca
Você metido nessa rinha
Murakami tira sesta
Você mordeu a minhoquinha
Japa já jogou toalha
Já há uns dias anda torto
To tentado incentivar
Que nem chuta gato morto
Qué apanhá entra na fila
Haraquiri ou suicida
Se Renato só cochila
Jairo é bela adormecida
André
Desbotado
Rancor-de-rosa é espinho
De peixe-adolescente é espinha
O teu é de estar sozinho
Desprotegido nessa rinha.
Pescaria fácil? Teus instrumentos:
Vara – a noite com medo dessa plêiade
Linha – perde-a em todos momentos
Minhocas – tua cabeça é cheia de.
É tanto tempo que nada no riachão
Que o botinho cor de rosa até desbota
Hoje não passa de filhote de salmão
Na contramão das águas da chacota.
Lê
Boto o cor de rosa
Lambari tá ofendido
Desceu do salto, perdeu respeito
Quer me arpoar, tá decidido?
Teu arpão mato no peito
Tem bafinho perfumado
Teu poema uma anedota
Já de bala perfurado
Lá na toca da marmota
Ta nervoso, que volátil!
Tá agindo feito leigo
Mas que pescaria fácil!
Lambari e seu pai meigo
André
Lamba ali!
Tubarão 'té pode ser bravo
Mais bravo é meu arpão
Em cuja ponta vira escravo
O inofensivo tubarão.
Bala perdida... Por isso o mau hálito?
Se quiser te dou listerine.
Escove o dente, não tem o hábito?
Talvez um dia eu te ensine...
Só não me faça rir, mermão
Deixe de lado essa prosa
E essa pose de tutubarão
Tá mais é pra bôto cor de rosa...
Lê
Casca de Ovo
Leandro,
você sabe, não sou de bater em filho
Mesmo esse
agora revoltado
Que por mim
um dia foi adotado
Não faço
ajoelhar no milho
Ele luta tae
kwon do
Judô, muay
thai, capoeira
Desembesta a
falar besteira
Mas de
espancar tenho dó
Proponho
outro desafio
Quero ver ele é
tocar piano
Lá no palco,
ao subir o pano,
Sem desculpa
que está no cio
Quero ver ele fazer
mais poemas
Pra Celi,
vai esperar as bodas?
Nem consegue
tomando todas?
Parece
bolovos sem gemas.
Faroberto
Lambari
É duelo de gente crescida
Não se meta se quer se salvar
Em duelo uma bala perdida
Certeza que pode te achar
Dou uma chance na briga contenda
Nessa praia tem chance porém
Não se arrisque menino, entenda!
Que no muque não tem pra ninguém!
Sei na hora foge feito bisca
Mas agora posa de machão
Em mar brabo acerte na isca
Com minhoca não se pesca tubarão
André
Treco, tricô, troco, truque
Calma, donzelos,
Senão vão ter uns trecos
Puxar os cabelos
Vão lhes deixar carecos.
Parece briga de coroca
Uma com a outra não se bicou?
Uma da outra faz fofoca?
Ora se concentrem no tricô!
Parece briga de cliente louco:
Paga abaixo do preço
E ainda exige o troco...
Uma solução vos ofereço.
Juro não é nenhum truque
Mágica em que coelhos somem.
Resolvam tudo no muque
Resolvam, pois, que nem homem!
Lê
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