A Volta do Boêmio (Adelino Moreira)
Boemia, aqui me tens de regresso
E suplicante te peço a minha nova inscrição.
Voltei pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria; me acompanha o meu violão.
Boemia, sabendo que andei distante,
Sei que essa gente falante vai agora ironizar:
"Ele voltou! O boêmio voltou novamente.
Partiu daqui tão contente. Por que razão quer voltar?"
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho, sendo a vida do meu coração,
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir:
"Meu amor, você pode partir, não esqueça o seu violão.
Vá rever os seus rios, seus montes, cascatas.
Vá sonhar em novas serenatas e abraçar seus amigos leais.
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
De saber que depois da boemia é de mim que você gosta mais".
E suplicante te peço a minha nova inscrição.
Voltei pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria; me acompanha o meu violão.
Boemia, sabendo que andei distante,
Sei que essa gente falante vai agora ironizar:
"Ele voltou! O boêmio voltou novamente.
Partiu daqui tão contente. Por que razão quer voltar?"
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho, sendo a vida do meu coração,
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir:
"Meu amor, você pode partir, não esqueça o seu violão.
Vá rever os seus rios, seus montes, cascatas.
Vá sonhar em novas serenatas e abraçar seus amigos leais.
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
De saber que depois da boemia é de mim que você gosta mais".
A Volta do Carlão
Cordeirinho, aqui me tens de regresso,
E suplicante te peço, tá frio eu quero quentão.
Voltei, pra rever a linguiça que um dia,
Eu deixei a chorar de alegria, me acompanha um
saco de carvão.
Picanha, sabendo que andei distante,
Sei que essa turma falante, vai te deixar
queimar.
Ele voltou! O Barbosa voltou sorridente.
Partiu com palito no dente. Por que razão quer
voltar?
Acontece que a fraldinha floriu meu caminho.
Temperada maminha e o caldinho com pimenta que
rasga o cuecão.
Churrasqueiro abraçou-me dizendo a sorrir:
“Mestre meu você pode partir, não esqueça o
espeto na mão.
Vá rever saladinhas, tomates, batatas.
Vá trocar-me por outras sirigaitas, esquecendo
o amigo leal.
Vá embora, pois me resta o consolo do Aguirra.
E saber que depois de churrasco é de mim que
você gosta mais.”
Faroberto
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