terça-feira, 23 de julho de 2013

Palhaço demolido

Não exatamente cansado,
O palhaço; mais precisamente
Está como que antiaderente:
Boa sorte não gruda nele,
Mas o azar lhe vai bem colado
Como tatuagem na pele.

Alguns dirão, 'azar não existe,
Existe acaso, deus ou carma!'
Eu digo: seja por qual arma,
O palhaço sofre igualmente;
O seu suor escorre triste,
Mais que uma lágrima doente.

O seu nariz está vermelho,
Mas do sangue que desce lento
E coagula igual cimento
Criando no seu peito um muro.
Seu coração, tijolo velho,
Não sustenta nenhum futuro...


4 comentários:

Fábio Roberto disse...

E agora, André Aguirra?

disse...

Agosto está aí. Talvez lá, André treplique.

Fábio Roberto disse...

André é um tique nervoso. Só responde provocado pelos espasmos.

Fábio Roberto disse...

Acho que André está um tico nervoso.