Me visita poucas vezes
E quando vem sou ridente:
Meu sorriso dura meses.
Tia Fartura, sua esposa,
Sempre traz muitos quitutes.
Ela me dá qualquer coisa:
Coisas saudáveis ou fúteis.
Mas veja só, esses dois,
Digo por bem da verdade,
Só me visitam depois
Que já passou tempestade!
Aí é que não preciso
De proteção ou abrigo!
Quem vai colhêr o sorriso
Da caveira no jazigo?
Quero fartura e bonança
Enquanto sofro a procela.
Só depois quero esperança,
Por não precisar mais dela.
Lê
Um comentário:
Versos perfeitos para a realidade.
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