quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Canto Só


Um passarinho, tadinho,
Canta sozinho
Chama em vão
Pia por sua parceira
Antes ligeira
Hoje no chão

Esbanja libertinagem
Um gato selvagem
Sem coração
Nas presas, penas e plumas
Em meio às espumas
Da trituração

Num desespero em psicose
O passarim, por osmose,
Canta ininterrupto
O gato quase o compreende
Quase até se arrepende
Vestido de luto

Mas preto em sua pelagem
É só camuflagem
Todo gato é astuto
O passarinho, tadinho,
Canta sozinho
Não para um só minuto...

Estória: Sarah Batista
Música/poema: Leandro Henrique
Temas: Libertinagem e Psicose

Para a IV Mostra Artística Temática da Turma Braba

Um comentário:

Fábio Roberto disse...

Estória muito bem contada e lindamente musicada!