Quem quer entrar nesse ringue
Tem que ter mais que coragem
Tem que ter um estilingue
E atirar com malandragem
Nocautear o pilantra
Que escrever qualquer bobagem
Fazer do riso seu mantra
Do xingamento, homenagem
Pra pisar nesse tatame
Não precisa estar descalço
Só fazer um verso infame
Contra testemunho falso
Se vir falsidade, pune-a
Com mil verdades de arrojo
Mas sabe usar de calúnia
Sabe também jogar sujo
Porém, ao soar do gongo
Descerra os punhos, sorri
E num abraço mais longo
Às vezes até diz sorry...
Mas quem quer que faça parte
Dessa rinha desigual
Sabe, tudo é apenas arte
'té sua mágoa é teatral
Quem perde, se for ligeiro,
Faz aliança legítima
Faz do adversário um parceiro
E ao próprio amigo, de vítima.
Lê
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