sábado, 23 de fevereiro de 2013

Série


Preciso de uma sombra, amigo!
De um riso de penumbra, abrigo
ao sol que a minha pele rói:
rato a afundar-me o dente, e dói.

Diviso ir a Coimbra, urgente!
Aviso a quem não lembra, ou mente:
à tal, vizinha de espanhóis,
parto, busco e almejo, ora pois.

Só, numa caravela, comigo,
nenhuma, à noite, estrela sigo.
À morte enfrento feito herói
enquanto a vida me corrói.

Beber água fresca e, claro,
viver de caça, pesca e a faro.
Lá minha vida se reconstrói.
Lá não tem zica ou cowboy.



(da série: Escrever por escrever, inclusive besteira pra ver se desentope)

Nenhum comentário: