Nós
conhecemos e desconhecemos as pessoas. Não se assuste as
pessoas não passam pelas nossas vidas elas perpassam, apenas. Vão e vem assim
como o vento suave ou forte, rasante e efêmero.
Amanhece,
anoitece, dias mudam em meses para anos e quando se percebe o tempo dilatado e
difuso, aquela gente de outrora se foi. Se foi em morte, em desaparecimento, em
vontades de irem simplesmente, como a chuva rapidinha.
E
assim achamos novas gentes, novas caras, presentes de agora, por um instante,
presas em nós por laços quaisquer, como os ninhos formados apenas para àquela
ninhada. Passado o verão se vão livres e temerosos pela liberdade de ir e voar.
E
você ali, paradinho, relembra, chora fininho, escondido de você mesmo, daquele
amor, daquele amigo, do pai, irmão, conhecido, daquele que nunca conheceu.
Chora pelo indigente que é, e vê-se sozinho, porque é assim que sempre somos;
sozinhos, abandonados no ninho, esperando o próximo verão chegar.
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