Eu escrevo
palavras tortas, em linhas retas e mortas.
Apago
longínquas memórias, rasgo páginas e histórias.
Cerro os
olhos, fecho as portas, seco o sangue das aortas.
Surdo a rezas,
rogatórias, tempestades peremptórias.
Eu escrevo
sem sentido, sem ter tido, sem ter ido.
Porque
sempre soube e não coube ou não houve, me ouve:
seja o meu
verso o inverso perverso, que a vida louve
uma poesia
ter sido, ter lido, ter sentido...
fÁBIO rOBERTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário