O poeta escreve o que vive, o que gostaria de viver, o que
sente, o
que sentirá, o que vê ou irá ver, o que passou, o que sabe e
o que
nunca saberá.
O destino do poeta é buscar as palavras mais bonitas,
perfeitas e
simples para reproduzir a emoção de viver e amar.
Hoje, especialmente hoje, só neste instante, neste milésimo
de
segundo e nunca mais talvez, não tenho vida para escrever,
não
gostaria de viver nada, nada sinto ou sentirei, nada vejo ou
verei,
nada passei, nada sei e nada soube.
Um poeta assim é um poeta sem palavras e ironicamente um
poeta sem palavras nem mais poeta é para poder reproduzir a
emoção de viver e amar.
Então encerro agora todos os destinos com o meu, o meu
destino
de ser sem destino. E como não tenho destino algum, nem
palavras,
calo minha voz e fecho os meus olhos.
Vou me deixar conduzir para onde o vento leva as folhas que
caem das árvores. Irei junto como uma folha de papel em
branco.
Quando outro vento qualquer, por um capricho do destino, me
trouxer de volta, serei poeta de novo e trarei palavras
vivas em
minha
folha de papel.
Destinos...
Fábio Roberto
Fim do Livro dos Destinos
Um comentário:
Amei a série!
*aplausos*
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