Prisão-de-mente, constipação verbal
Um autocensurado, pausado, pária.
Diz que a culpa é do trabalho oficial.
Suas palavras, abandonadas em sofismo,
Andam nas ruas pedindo esmola
Em cada semáforo fazendo malabarismo
Famintas, vão no beco e cheiram cola.
Lá vem André e sua atrofia literária
Coágulos de ideia, secreções do silêncio,
Pra si mesmo mente que é temporária,
Mas nem sua própria ilusão convence-o.
Lavem André num banho energético,
Oh palavras, se ainda nele crêem.
Lá vem André? Não vem.. Está caquético.
Não vem. Está morto. Não vem. Não vem...
Lê
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