E
por que você me olha em pleno mercado
com
esses olhos verdes de carência?
Não
te assustou a minha péssima aparência,
nem
o meu olhar desenganado?
Nós
dois no caixa pagando a conta da vida,
para
a qual parecemos não mais ter crédito.
Este
é o nosso legado: um passado inédito
e
o futuro num labirinto sem saída.
Conversamos
pelas palavras de um sorriso.
O
teu marido te espera no carro,
não
é tua hora de perder o juízo.
Sabemos
bem que caminhar é preciso
e
nos despedimos sem abraço ou aviso.
A
minha alma doente no chão escarro.
Fábio
Roberto
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