terça-feira, 27 de junho de 2017

Gaiola pessoal

                        Finalmente me encontrei.

Meditei e meditarei muito e,
Dentro de mim, descobri um presídio.
Nas portas as inscrições
Das coisas que condenei
E, em cada uma delas,
A sentença fria da Morte.
Mas, como sou o dono das chaves
Consegui agora abrir
Ao menos a primeira Porta:
A da Humildade.
Na porta a sentença da eterna Arrogância.
Desfeita esta barreira
Consigo entender que perdi. Perdi . Perdi. 
A segunda chave na porta:
A da Paz Interior,
Onde a sentença desta
Era o Desequilíbrio.
Respiro fundo à  partir deste momento
E olho os fatos com consciência.
A chave já está na próxima tranca:
Controle Emocional.
A sentença desta era, claro, o Descontrole.
Será esta a chave para minha Liberdade.
Pois com controle, dominam-se os acontecimentos,
Acabam-se as ansiedades.

Ainda faltam muitas portas.
Montei um grande presídio, como disse.
E, finalmente, chegarei na última:
A Plenitude do ser,
Algo parecido com a inocência de uma criança
E a curiosidade de um adolescente.
Agradeço a oportunidade de acordar e,
Agora, olhar o dia com alegria.
Sabendo que, ao término deste,
Cumpri a promessa de desmanchar o meu presídio
e Libertar-me para o Amor.


Jairo Medeiros -  21/02/17

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