O dia
amanhece o seu estorvo,
sob as asas
cansadas de um corvo
de olhar
parado, solitário e lúgubre.
Fome de
cadáver insalubre.
O dia é
ensolarado e nem queria.
Cinzento e
gelado ele seria,
pudesse conceber
a sua escolha.
O vento o
levaria como folha
caída,
apodrecida pelo tempo.
Um resto de funesto sentimento.
Espasmo em
uma face sem sorriso.
Mente que
perdeu qualquer juízo.
Mantra que
repete um só lamento.
Choro que ensurdece o paraíso.
Fábio
Roberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário