domingo, 30 de junho de 2013

Brasil 3x0 Espanha

FeliPão nosso de cada dia, dai-nos hoje!

Iniesta vez nós ganhamos. Faroberto

Portugal descobriu o Brasil. E o Brasil cobriu a Espanha.

Nós ganhamos do Jesus! Faroberto

Uma coisa é certa. Os espanhóis sabem perder. E a gente sabe ganhar. Faroberto

O Felipão foi passear no Del Bosque. Faroberto

O Julio César caiu como uma luva.

A defesa do Brasil estava trancada com Xavi. Faroberto

O David Luis tá até agora procurando o Golias. Faroberto

Neymar ganha bola de ouro e suas fãs se derretem. Lê

Iniesta vez nós ganhamos. Faroberto

O Brasil ganhou porque jogou com a fúria. Faroberto

Letra Ilustrada - Edição 38


Causos

Se André escreve por acaso, Jairo escreve por ocaso. Parece que eles têm um caso.

Faroberto

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ocaso

André nunca premeditou, se escreveu foi por acaso. Hoje, um acaso perdido.

A maldição do zíper

Não há efeito sem causa nem calça sem defeito.

Causídico

Consoante à lei André e Jairo pedem ao alfabeto: advogais por nós!


Faroberto

Direito de Calar

Jairo solicitou o direito de não responder.

Faroberto

Direito de Resposta

André solicitou e promete UMA resposta até 2016.

Faroberto

Série da Sarah

Como só faz poemas para a Mostra Artística Sarah está desenvolvendo a série LETRA MOSTRADA.

Fábio Roberto

Série do André com o Jairo

Pela preguiça, letargia e moleza com a poesia, André e Jairo juntaram as malemolências para desenvolverem a série LETRA PROSTRADA.

Faroberto

Série da Rosana

Como é uma diretora de arte Rosana está produzindo a série LETRA LISTRADA.

Faroberto

Série da Marili

Porque fez o crime de abandonar os Poemas Brabos Marili está fazendo a série LETRA PERPETRADA.

Faroberto

Série da Celi

Porque postou no face a foto do alien no pé Celi está produzindo a série LETRA DEMONSTRADA.

Faroberto

Série do Carlão

Porque não apresenta os seus poemas Carlão está fazendo a série LETRA ABALAUSTRADA.

Faroberto

Série do Leandro

Pelos poemas de tanta profundidade Leandro está criando a série LETRA COMPENETRADA.

Faroberto

Série da Márcia

Devido aos fãs a Márcia está desenvolvendo a série LETRA IDOLATRADA.

Faroberto

Série do Jairo

Como poeta que foi, Jairo está fazendo a série LETRA NA ESTRADA.

Faroberto

Série do André

Como ex-poeta o André está preparando a série LETRA FRUSTRADA.

Faroberto

Letra Ilustrada - Edição 34


Letra Ilustrada - Edição 33


sábado, 22 de junho de 2013

INÚTIL paisagem

Mas pra que
Pra que tanto sal
Pra que tanta carne, pra que

De que serve esta brasa criptando dentro da churras
De que serve a churras
Inútil paisagem. 

Pode ser
Que não venhas mais
Que não venhas nunca mais

De que servem linguiças picanhas cordeiros e o caldinho
Se as minhas grelhas
Sem brabos
É nada.


Versão Inútil Paisagem Tom Jobim e Aloysio de Oliveira. 

Mas pra que
Pra que tanto céu
Pra que tanto mar
Pra que
De que serve esta onda que quebra e o vento da tarde
De que serve a tarde
Inútil paisagem
Pode ser
Que não venhas mais
Que não venhas nunca mais
De que servem as flores que nascem pelos caminhos
Se o meu caminho
Sozinho
É nada.



sexta-feira, 21 de junho de 2013

Letra Ilustrada - Edição 29


Pequena tropo-crônica talvez inútil

O tal gigante acordou: de mau-humor, com mau-hálito, remelas nos olhos o impedem de ver direito (precisa lavar o rosto). De ressaca, faminto e com a bexiga pressionada pelos líquidos acumulados durante a longa hibernação ele vai até o banheiro, a porta está trancada, parece que alguém já estava acordado antes.
Não sei se o tal gigante vai poder fazer qualquer coisa nessas condições. 
Talvez quebre a porta, arranque de lá quem se acostumou a interditar o banheiro por muito tempo, faça o que tem que fazer e, depois de uma boa espreguiçada, se olhe no espelho e se perceba sem muitos recursos senão seu tamanho e força.
Talvez, frustrado, quebre o espelho espalhando pelo chão fragmentos de seu rosto raivoso em que um de seus próprios pés descalços pise. Talvez, agora que mancando do pé esquerdo, tropece com o direito e tombe no meio da sala.
Talvez sim, ou não, mas o tal gigante, como todo de que já ouvi falar, me parece um tanto desengonçado.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Letra Ilustrada - Edição 27


Ativismo

No Brasil tem muita maninfestação


Faroberto

Idem, Ibidem

Eu também tenho aversões do André.

Faroberto

Versões de André

VERSÃO AVIADOR André quando se cala é só uma escala.
MÚSICO Quandro André fala, ex-cala.
TÉCNICO DE FUTEBOL André tem um time de craques verbais, mas nunca escala.
ALPINISTA André não fala montes de palavras, escala...

terça-feira, 18 de junho de 2013

Letra ILustrada - Edição 26


Letra Ilustrada - Edição 25


Protestos à Turma Braba

Protesto...

pela Rosana não liberar churras.
pelo Jairo não mandar na Rosana.
pelo Alien no pé da Celi.
pela Márcia nunca vir na Tradicional Happy Hour.
pelo André não escrever mais nada.
pela Sarah ficar com sono.
pelo Carlão abandonar o Batista.
pela Marili não tomar porre de tequila.
pelo Leandro não trazer os pratos do quarto.
pela Sonia e a Bruna se esconderem nos Saraus.
pelo Fábio ter que cortar o cabelo um dia.
pelo Baden ser tão legal.


Faroberto

Protesto

Para aderir aos protestos os cartórios estarão suspendendo todos os protestos!

Faroberto

sábado, 15 de junho de 2013

Ujucatxa

Só o Jairo entendeu 
o penuscar do arcumécio. 
Quem leu, leu. Eu,
jimargo no trapézio.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Barafunda - versão para Mestre Carlos Barbosa

Era Aurora, não, era Aurelia 
Ou era Ariela, não me lembro agora 
É saia amarela daquele verão 
Que rola até hoje na recordação 

Foi na Penha, não, foi na Glória 
Gravei na memória, mas perdi a senha 
Misturam-se os fatos, as fotos são velhas 
Cabelos pretos, bandeiras vermelhas 

Foi Garrincha, não, foi de bicicleta 
Juro que vi aquela bola entrar na gaveta 
Tiro de meta 
Foi na guerra, é noite alta 

Gritou o astronauta que era azul a terra 
Quando a Verde e Rosa saiu campeã 
Cantando Cartola ao romper da manhã
Salve o dia azul, salve a festa 

E salve a floresta, salve a poesia 
E salve este samba 
Antes que o esquecimento 
Baixe seu manto, seu manto cinzento 

Foi Glorinha, não, era Maristela 
Juro que eu ia até casar na Penha com ela 
A vida é bela é... 
Não é, era Zizinho, era Pelé 

Era Soraya, era Anabela, era amarela a saia 
Foi quando a Verde e Rosa saiu campeã 
Cantando Cartola ao romper da manhã 
Salve o dia azul, salve a festa 

E salve a floresta, salve a poesia 
E salve este samba 
Antes que o esquecimento 
Baixe seu manto, seu manto cinzento 

Era Aurora, não, era Barbarela 
Juro que eu ia até o Cazaquistão atrás dela 
A vida é bela 
É Garrincha, é Cartola e é Mandela


Chico Buarque



Barafunda - versão original

Era Aurora, não, era Aurelia 
Ou era Ariela, não me lembro agora 
É saia amarela daquele verão 
Que rola até hoje na recordação 

Foi na Penha, não, foi na Glória 
Gravei na memória, mas perdi a senha 
Misturam-se os fatos, as fotos são velhas 
Cabelos pretos, bandeiras vermelhas 

Foi Garrincha, não, foi de bicicleta 
Juro que vi aquela bola entrar na gaveta 
Tiro de meta 
Foi na guerra, é noite alta 

Gritou o astronauta que era azul a terra 
Quando a Verde e Rosa saiu campeã 
Cantando Cartola ao romper da manhã
Salve o dia azul, salve a festa 

E salve a floresta, salve a poesia 
E salve este samba 
Antes que o esquecimento 
Baixe seu manto, seu manto cinzento 

Foi Glorinha, não, era Maristela 
Juro que eu ia até casar na Penha com ela 
A vida é bela é... 
Não é, era Zizinho, era Pelé 

Era Soraya, era Anabela, era amarela a saia 
Foi quando a Verde e Rosa saiu campeã 
Cantando Cartola ao romper da manhã 
Salve o dia azul, salve a festa 

E salve a floresta, salve a poesia 
E salve este samba 
Antes que o esquecimento 
Baixe seu manto, seu manto cinzento 

Era Aurora, não, era Barbarela 
Juro que eu ia até o Cazaquistão atrás dela 
A vida é bela 
É Garrincha, é Cartola e é Mandela


Chico Buarque

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bodas Com A Loucura

QUERO QUE O SILÊNCIO PAIRE
E ASSOMBRE  QUALQUER  PALAVRA
 QUE IMPEÇA QUE EU DESVAIRE
MESMO AS DE MINHA LAVRA

MESMO AS DE OUTRAS BOCAS
SEJAM INTENSAS,  SEJAM OCAS
MESMO QUE ELAS ME PROVOQUEM
QUE ME AFAGUEM OU QUE ME SOQUEM

QUERO QUE O SILÊNCIO ASSUSTE
A PALAVRA QUE ME AJUSTE
QUE NÃO DEIXE QUE EU DESCAMBE
E  NESTE TÚMULO SAMBE

MESMO A PALAVRA PURA
QUE DE UM CÂNCER SEJA A CURA
MESMO QUE DEFINITIVA
SEJA AMÁVEL OU AFLITIVA

QUERO QUE O SILÊNCIO ESPANTE
A PALAVRA MESMO QUE MARCANTE
MESMO A MAIS TRANQUILIZANTE
OU A QUE SOE  RETUMBANTE

MESMO A QUE SEJA MATERNA
OU COMO A LUZ DE UMA LANTERNA
COMO A DE UM PAI PRA UM FILHO
OU VENENOSA SE DE UM DEUS CAUDILHO

QUERO QUE AS PALAVRAS MORRAM TODAS
E LEVEM O MEU SILÊNCIO INSUPORTÁVEL
FESTANDO COM A LOUCURA ESSAS  BODAS
ETERNAS EM UM CAIXÃO DESCONFORTÁVEL



                                     Fábio Roberto

A volta das versões 3

QUERO MÉ, QUERO MÉ - Gozadinha (no Jairo)

"Eu limpo
Com dureza
Toda a bosta da criança
É ardida, a birita
A birita!"

Beber
E mijar sem vergonha
No chafariz
Fungar, assoar, respirar 
A beleza de ter
Um enorme nariz...

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a naja devia ser
Bem maior, mas não dá
Mas isso não impede
Que eu repita
A birita, a birita
E a birita...

E a birita!
E a birita o que é?
Beba já, meu irmão
Ela é a batida
Com mel e limão
Ela é feita com doce, quentão
Hê! Hô!...

E a birita
Ela abre a braguilha
Ou fecha o convento?
Ela é cortesia
Ou pagamento?
Quero mé! Quero mé!
Meu irmão...

Há quem fale
Que a conta-corrente
É um buraco profundo
É a garota de Cronos
Com o óvulo fecundo

Há quem fale
Que eu sou um menino
Um mero vagabundo...
Sou o dobro do bebedor
Bebo à saúde do poeta amador 

Meu nariz é uma gruta a esconder
Meu nariz, avenida a correr
Meu nariz é maior, de caber
Dois ou mais no lugar
E exacerba meu ser...

Eu só sei que esvazio na poça
E na poça eu ponho um litro de mé
Somos nós que bebemos, duvida?
Como der, ou puder, ou quiser...

Sempre despejada
Por mais que desça errada
Ninguém quer esporte
Só mé e transporte...

E a cabeça roda
E a esposa grita:
"Eu limpo com dureza
Toda a bosta da criança
E você só no Batista!
No Batista!"


O QUE É, O QUE É - Gonzaguinha

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...

E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...

E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...

Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...

Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...

Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...

E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...


terça-feira, 11 de junho de 2013

Céurasa

Assim que dessa vida a conta eu feche
E conduzido for ao grande caixa
Ninguém a mim dirá 'oh não se avexe
Pecamos juntos, conta a gente racha'.

Depois ocorrerá um fato inédito
Antes de eu adentrar na inversa creche.
Hão de me perguntar 'débito ou crédito?'.
Pernóstico responderei 'em cash'!

'Maluco! Louco!' Dirão num escândalo,
'Ninguém nunca os erros quitou à vista!
Ainda mais um facínora, um vândalo!
Vai ter que lavar pratos, vigarista!'

E os lavo, pois bem, e muito a contento,
Mas lavo muito mal, lavo nas coxas.
Aqui, um resto de algum alimento,
Ali, pedaços de batatas roxas...

Certo que desse castigo me eximem,
Pois não querem ter prejuízo nunca!
É assim, enquanto eles se deprimem,
Que toda a minha dívida caduca!

Desperdício

A moça casta, moça virgem,
A sua pele ainda intacta.
O amor acumula a fuligem
Por entre as pernas compacta.

Sente logo uma vertigem
Ao pensar que de suor e sêmen
Está impregnada sua origem.
Seu pudor cala, suas vontades gemem...

Moça virgem, moça casta...
Suas mãos sempre contritas
Salvo quando assim afasta
Mãos de homens trogloditas.

Sente logo uma tontura
Ao sonhar-se em sacanagens.
Logo ela, toda pura
Assim pensando bobagens...

Mas, moça burra, passa fome!
Nem sabe que assim erra...
Pois um dia alguém a come,
Nem que seja a terra.




Letra Ilustrada - Edição 19


domingo, 9 de junho de 2013

Letra Ilustrada - Edição 17


A Volta das Versões

Eu Nao Sou Cachorro Não
Eu não sou cachorro, não
Pra viver tão humilhado
Eu não sou cachorro, não
Para ser tão desprezado
Tu não sabes compreender
Quem te ama, quem te adora
Tu só sabes maltratar-me
E por isso eu vou embora.
A pior coisa do mundo
É amar sendo enganado
Quem despreza um grande amor
Não merece ser feliz, nem tampouco ser amado
Tu devias compreender
Que por ti, tenho paixão
Pelo nosso amor, pelo amor de Deus
Eu não sou cachorro, não
Versão Para Jairo
Eu Sou Churrasqueiro Não
Eu sou churrasqueiro não
Pra viver tão humilhado
Eu sou churrasqueiro não
Para ser tão desprezado

Eu falava para a turma
Quem me ama, quem me adora?
Com pressão querem que eu durma?
Ah... de churras eu to fora

Não aguento faroeste
A Rosana não dá beijo
Vou voltar para o nordeste
Comer camarão, peixe, sururu e caranguejo

Ó picanha, compreenda
Por você tinha paixão
Não se avexe, não se ofenda
Encontrei outro machão!



Faroberto

Letra Ilustrada - Edição 16


sábado, 8 de junho de 2013

Epitáfio de Dono de Celular da OI

Tchau!

Faroberto

Epitáfio de Dono de Celular da Vivo

Morto-Vivo

Faroberto

Epitáfio de Dono de Celular da TIM

Esta ligação não poderá ser completada. Aparelho fora da área de cobertura.

Faroberto

Epitáfio Curto e Grosso

Off

Faroberto

Epitáfio de Cervejeiro

Daqui não há quem cevada.

Faroberto

Epitáfio de Realista

A pós-vida tá osso!

Faroberto

Epitáfio de Desiludido

Enterraram meus sonhos.

Faroberto

Letra Ilustrada - Edição 15


Epitáfio Moderno

PQP! Sabia que um dia seria deletado!

ps.:  saiu em papo entre Faroberto e Jairaujo

quinta-feira, 6 de junho de 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Fim dos tempos

O meio estado do meio-ambiente justifica os fins.


Letra Ilustrada - Edição 13


Médico

Antes de casar o noivo leva a noiva no ginecologista.
-Doutor, ela é virgem mesmo?
O médico examina a mulher minuciosamente e responde:
-Só saberemos quando ela examinar os ouvidos.


Faroberto

Borracheiro

O marido leva o casamento no borracheiro.
- Quando aumento a velocidade faz um barulho estranho. - explica o marido.
- Acho que falta alinhamento. - diz o borracheiro.
- Uso a borrachinha, mas tem vazamento.
- Consigo saber com certeza só daqui nove meses.

André

Afinação

O marido leva o casamento pra afinar.
- Não consigo alcançar os agudos. - reclama o marido.
- Já tentou de sol a sol? - pergunta o lutier
- Sim, ele falha. Tem concerto?
- Melhor trocar o instrumento.

André

Conserto

O marido leva o casamento pra consertar.
- Qual é o problema? - pergunta o marido.
O técnico logo responde:
- Deve ser mau contato.

André

terça-feira, 4 de junho de 2013

Diariamente

Cê diz que me ama
Te amo talvez

Talvez cê me engana
Me prove outra vez

Tua vida cigana 
Provou que já fez

Assim cê me arranha
Já faz mais de um mês

Na teia de aranha
Caí sem porquês

Assim cê me assanha
Que insensatez

Te quero minha dama
Sua seminudez

Meu corpo se inflama
Meu rei do xadrez

Me espera na cama
Não passo das seis

Apaga minha chama
Aqui não tem leis

Meu coração plana
Em sua maciez

O sol que nos chama
De forma cortez

Que bela mañana
Começo outra vez

André

Espécies e Tipos de Poetas em Extinção:

Foca que habita a Mooca.
Narigudo que tá ficando barrigudo.
Que quer fazer ninho colecionando vinho.
Que já tem neném e quer juntar vintém.
Branco que trabalha em banco.
De cabelo alvo e ficando calvo.
Gorducho virando um bucho.
Araujo virando caramujo.
Que se afogando, na boia não se Aguirra.
Que cai no pranto quando eu canto.


Faroberto

Verão

Quem detesta o calor não arruma sauna pra se coçar.

Faroberto

Letra Ilustrada - Edição 12


Apertado

Um pentelho poeta velho.
No vermelho, poeta velho.
No espelho o poeta, velho,
Ri gás hélio, poeta, velho.
Ri quilômetros poeta velho.
Ri de se mijar, feito velho
Ou poeta, nas calças velhas.
Poeta faz o que der nas telhas,
Velho então o faz ligeiro.
Se tinha pressa, o velho,
Pressa de ir ao banheiro,
Era pra tirar mágoa do joelho.


Pressa

UM VELHO POETA UM VELHO POETA
UM VELHO
UM VELHO POETA UM VELHO
POETA
UM VELHO POETA UM
VELHO
UM VELHO
POETA

TODO POETA É UM VELHO


Fábio Roberto

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Achados e Perdidos

Perdi a habilitação, ora pois,
não é que fiquei menos hábil.
Achei minha habilitação depois,
não sei se encontrei o Fábio.


Faroberto

Era...

um ladrão tão azarado que entrou numa roubada.

Faroberto

Letra Ilustrada - Edição 11


Frase Politicamente Incorreta

Quem cochicha o rabo é bicha.

Faroberto

domingo, 2 de junho de 2013

Letra Ilustrada - Edição 10


O Poeta da Solidão

O poeta é uma multidão num só.
Janela não existe pra quem viu
o amor sem resposta virar pó,
como o mais lindo dia que existiu.

O poeta é multidão e solitário.
Cachorro que o dono morreu.
Garrafas vazias no armário.
Memórias do que nem aconteceu.

O poeta é um caminho sem retorno.
Multidão o habita, intensos sentimentos.
Criança que ainda nem saiu do forno.
Futuro enrugado e seus tormentos.

O poeta é multidão e mais queria.
Não lhe basta esse destino infinito.
Só a paixão da mulher que o amaria,
lendo um poema só na alma escrito.

Fábio Roberto



A solidão do poeta

A janela estavam, e as pálpebras, fechadas.
A de dentro, toda janela são duas, a de fora.
O poeta não quis ver aquela noite iluminadas.
A de ontem, toda noite são muitas, a de agora.

A saudade estavam, e os sapatos, apertando.
Ainda assim, mesmo deitado, não os descalçou.
Estava pronto pra sair e saiu de si, sonhando.
No sonho estava nu e, de sapatos, nem corou.

Ao acordar ainda estavam fechadas a janela,
Mas a de fora como um sorriso foi se abrindo.
Preferiu ver a bela manhã pela de sua TV tela
Enquanto lá fora o dia se arrependia de tão lindo.



O nó do poema

Às vezes eu me inspiro, às vezes não
Às vezes não me canso, noutras sim.
Tem dias que me acendo ao camarim
Pra me tornar no palco escuridão.

Momentos há que eu choro mas forçando
Pra ver se um sentimento ainda eu tenho
E logo que avalio o desempenho
Percebo que eu estava gargalhando.

Que falta de controle, que desastre!
Não tenho sobre mim nenhum domínio...
Enquanto esse desgoverno se alastre
De mim não pode haver nem raciocínio...

Quisera recolher-me todo ao sono
No escuro abandonar-me de uma vez!
Porém nem mesmo nisso sou meu dono
Passo acordado a noite, estupidez...

Às vezes não me inspiro, às vezes sim
Às vezes eu me canso, noutras não.
Tem dias que eu apago uma canção
Só pra enxergar a túnel luz do fim...

Vale

Não sei se vale a pena respirar.
Me chega a dar enjoo esse oxigênio
Que vem passando a mais do que milênio
De narina em narina sem mudar.

Mesmo o poluindo novas substâncias
É constituído das mesmas moléculas
De que era constituído há mais de séculos.
Pensar que o respirou Hitler dá ânsias.

Não sei se vale a pena nem sonhar
O mesmo anseio de felicidade 
Que perturba há mais de uma eternidade
Ao próprio Deus em que ouso acreditar.

Mesmo o eclipsando noites mal dormidas
Ainda aquele sonho bom de outrora
É o mesmo sonho com que sonho agora
Nas ilusões de esperança embebidas.

Respirar... Sonhar... Não sei nem se vale
Essa dúvida ou se ela é tão pequena...
Por mais que eu fale, por mais que me cale
Eu sei que vale; e isso é que é uma pena.


sábado, 1 de junho de 2013

Nenhuma das noites

De quanto a solidão precisa
Para sequer sobreviver?
Que adianta esquecer, se a brisa
Vem tua voz me trazer?!

Não quero mais ouvir tua voz
Se ela não vem da tua boca.
Estamos eu e meu radinho a sós
E nele é a tua voz que toca.

Não tenhas pressa de voltar
Não venhas correndo nem levantes
Para não cansar nem suar
Fiquemos longe, equidistantes.

Só não sou vazio porque fumo
Pulmões saudáveis são tão ermos...
À solidão já me acostumo
Já nem sei mais o que era sermos.


Letra Ilustrada - Edição 9


Todas as Manhãs


                                O quanto a solidão precisa pra morrer?
Precisa os lábios teus
No instante da palavra
Antes de um adeus
Que, sábio, nunca houve
Nem saberá dizer e nunca soube

Por quê a solidão insiste em tal proeza
Se basta um toque teu
Que altera a natureza?
O que aconteceu?
Olhares se casaram
As mãos que te afastavam se cansaram

Agora que eu entrei tão dentro de você
Me aquieto como se
Pra sempre eu ficasse
Pra sempre eu te amasse
Em todas as manhãs
Assim, feito louco e calmamente

Agora que eu estou tão dentro de você
Me esqueço como se
Pra sempre eu pudesse
Pra sempre eu te tivesse
Em todas as manhãs
 Sentindo o teu beijo longamente.

                 Fábio Roberto


Com esta música presto a minha homenagem para 
Márcia Salomon pelo seu aniversário

P.S.: esta canção foi inspirada pela música A Volta (Menescal/Bôscoli), numa impressionante interpretação da Márcia no bar Ao Vivo em 2008.

Canção de Cecília e Alice

Crescer
Todo dia crescer
Nascendo
O que ainda vamos ser
O sol
Nos iluminará
A noite
Nos aconchegará

Abraça-nos com um sorriso
o amanhã
Faremos cada adulto
Aprender
Crescendo dia a dia
Como nós
Adultos nada sabem
De nascer

Crescer
Todo dia crescer
Nós duas,
Nossa mãe, nosso pai
Amor,
A poesia do lar
A paz,
Repousando no ar

Faremos gente grande
Compreender
Que o mundo é bem mais simples,
Basta ver
Que os velhos também passam
A depender
De mãos e de cuidados
Pra viver.     
         

Fábio Roberto


Com a letra desta música presto a minha homenagem ao terceiro aniversário de Cecília e Alice.